sexta-feira, 3 de setembro de 2010

É IMPOSSÍVEL MULTIPLICAR RIQUEZA DIVIDINDO-A

Por Hiram Reis e Silva – Porto Alegre RS

Os sábios ensinam, os ignorantes têm opinião formada sobre tudo, e os estúpidos governam.

(Ricardo Bergamini)

Foro de São Paulo

Nunca ceder, nunca, nunca, nunca, em nada de grande ou pequeno, de importante ou insignificante. Nunca ceder, a não ser aos princípios da honra e do bom senso. Nunca concordar obrigado pela força, nunca ceder ante o poder aparentemente esmagador do inimigo. (Winston Churchill)

O Foro de São Paulo foi criado, em 1990, com um único objetivo que é manter acesa a chama do socialismo na Latino-América. Com a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, os socialistas de todo o mundo, de repente, ficaram órfãos e sem rumo. Convém lembrar que o Muro foi derrubado pelo povo socialista pobre, desassistido e oprimido que, finalmente, se rebelou e derrubou uma camarilha governista que usufruía de um status privilegiado de causar inveja aos maiores empresários capitalistas. Os ideais socialistas foram, enfim, totalmente desmistificados pelos fatos.

O caquético, ultrapassado, mas ardiloso, comandante Fidel achou então interessante reunir, num Foro, todos os partidos e ONGs esquerdistas, da América Latina, com a finalidade de trocar experiências, ideias, impressões e finalmente, coordenar suas ações. Lulla, o eterno sindicalista, apaixonado pelo seu ícone socialista, que não cansa de nos surpreender com suas declarações bombásticas, carregadas de paixão e sem nenhum embasamento histórico, certa feita afirmou: “O grande mito continua. Fidel é o único mito vivo da História da Humanidade”. Pobre humanidade esta do Lulla que aplaude e enaltece o homem que mandou para o “Paredón” centenas de milhares de cubanos que se opunham ao seu regime.

A Revolução Cubana, de 1959, criou os tribunais públicos especiais, que segundo Fidel, “são uma ordem popular gravada nas paredes da revolução”. Ainda hoje Castro continua afirmando, veementemente, que os dissidentes “não devem esperar clemência do Estado, pois o mal deve ser arrancado pela raiz”. Os “Falcões de Havana” não aceitam de nenhuma maneira qualquer crítica ou manifestação interna e rejeitam a democracia.

Aqueles que enaltecem o socialismo deveriam rever um texto, sempre atual, atribuído, erroneamente a Adrian Rogers. A autoria carece de fundamento, já que o Pastor nasceu em 1931, data atribuída à carta. Rogers não era economista e nunca lecionou na universidade de Texas Tech, mas nem por isso a Carta deixa de trazer grandes verdades no seu bojo.

Carta Anônima Atribuída a Adrian Pierce Rogers

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a. (Anônimo)

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira. Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e “justo”. O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas”. Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto seriam “justas”. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um “A”...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam “B”. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi “D”. Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um “F”. As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por “justiça” dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado. “Quando a recompensa é grande”, ele disse, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável”. (...)

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br

Imagens da Internet – fotoformatação (PVeiga).

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