De acordo com o jornal americano Financial Times, a declaração foi um duro golpe nas esperanças de Hillary de obter consenso internacional para a aplicação de sanções contra o Irã.
A secretária passou o dia em Brasília, onde encontrou com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e com Lula. O Filtro
Que perda de tempo, heim Hillary???
(Giulio Sanmartini)
Celso Amorim disse nesta quarta-feira (3), que o Brasil não irá “se curvar” automaticamente à posição anti-Irã, hoje em maioria. Porta-voz da posição brasileira de negociar para que os projetos nucleares do país islâmico possam ser atestados como 100% pacíficos, o chanceler brasileiro afirmou que, independentemente da formação de um possível consenso mundial em torno da aplicação de punições, a adoção de penalidades contra Teerã pode ser completamente contraproducente.
“Não se trata simplesmente de se curvar à opinião de um consenso que você pode simplesmente não concordar”, disse Amorim. “Ainda há a possibilidade de tentar. Achamos que talvez valha a pena um esforço. O diretor da Agência Atômica vem ao Brasil e direi a ele para (…) ter um pouco de ar fresco nessa discussão”, disse o ministro.
A posição do chanceler brasileiro é bem coerente, levando-se em conta a posição brasileira com relação a Cuba nesses dias passados. O Brasil voltará a apoiar um país onde os direitos humanos não contam, um exemplo recente aconteceu nesse dia 1°, quando foi preso pela milícia iraniana, uma das vozes mais crítica ao presidente Mahmud Ahmadinejad. Trata-se do diretor de cinema Jafar Panahi (50), junto a ele foram também presas a mulher, a filha e 15 convidados que estava recebendo e sua casa.
Jafar tornou-se conhecido no mundo pelos filmes “O círculo”, vencedor do Leão de Ouro (Veneza 2000), filme proibido pela censura em seu país, pois trata das condições sub-humanas como as mulheres são tratadas no Irã, também sobre o mesmo tema foi premiado com o Urso de Prata (Berlim 200), pelo filme “Offside”.
Ele e a família, já haviam sido presos em 30 de julho passado, no cemitério Behesht-e-Zahra de Teeran num evento pela morte de Neda Aqa-Soltan, a manifestante assassinada durante os protestos contra fraude eleitoral no país, cuja imagens da agonia tinham feito a volta do mundo pela Internet.
Algumas horas depois foram soltos, mas o diretor está proibido de deixar o país e de participar de festivais.
Ma parece que já vi esse filme há poucos dias no Caribe, co artistas diferentes mas com o mesmo tema
(*)Fotomontagem P&P: A sepultura de Neda Aqa-Soltan e Jafar Panahi
(*) Texto de apoio: Lryssa Borges
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