HEITOR DE PAOLA
Não vim para debater, mas para combater
Não sei se a frase em epígrafe já foi dita por alguém. Caso não tenha sido, é minha mesmo, pois resume a segunda parte deste artigo. Inverti a ordem original porque estou irritado, profundamente irritado! Nos dois últimos dias, desde a morte de Orlando Zapata coincidindo com a visita de Lula a Cuba, tenho recebido inúmeros emails de pessoas que se dizem conservadoras, “de direita”, e artigos de jornalistas idem, profundamente chocados com o silêncio de Lula em relação aos “dereitos omanos” por lá, ou condenando sua “pusilanimidade”.
Será que ainda não entenderam que o encontro de Lula com Fidel foi o encontro entre os dois fundadores do Foro de São Paulo, a maior organização comunista que já existiu na Iberoamérica? Será que ainda não entenderam que Lula É comunista? Continuam achando que Lula é apenas “populista” e pertence a uma fantasiosa “esquerda vegetariana” e é um aliado da direita para enfrentar Chávez e a ficção chamada “bolivarianonismo”? Será que realmente acreditam que Lula queria protestar e não o fez por pusilanimidade (ao menos como entendo o termo: covardia, fraqueza, timidez)? Será que ainda não entenderam que Lula apóia incondicionalmente tudo o que acontece em Cuba e quer implantar aqui e, se ainda não o fez é porque temos instituições que o impedem, principalmente as Forças Armadas que seu governo tudo faz para sucatear e destruir, principalmente o Exército? Será que ainda não entenderam que se Lula falasse algo seria a favor, o que quase fez ao condenar a greve de fome como instrumento de luta (com o que concordo!) e deve ter sido objeto de vários brindes de excelente rum e baforadas de charuto entre Lula, Fidel e Raúl?
Leia mais clicando no link PAPEIS Avulsos.
A charge do alto está publicada no blog CUBA DEMOCRACIA Y VIDA, de cubanos exilados na Suécia. Não poderia ser mais precisa na sua metáfora cruenta. Os irmãos Raúl e Fidel Castro estão mergulhados numa banheira de sangue, e Lula está tomando o seu lugar no macabro ménage-à-trois ideológico. Desde a revolução, em 1959, somam 17 mil as pessoas executadas a mando da dupla, segundo informa O Livro Negro do Comunismo. Estima-se que outras 83 mil tenham morrido afogadas tentando deixar a ilha — na prática, um presídio comandando pela dupla de facínoras. Dada a população cubana, o número faz dos irmãos dois dos grandes homicidas da história.
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