Foto: Divulgação
A Cidade Administrativa Tancredo Neves reunirá cerca de 16 mil funcionários públicos, que hoje estão em 53 endereços espalhados em Belo Horizonte. A redução de custos com essa ação está estimada em 85 milhões de reais. Mas a obra não está sendo paga pelo governo do Estado. Os recursos são aplicados pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), uma estatal sustentada pelos royalties das mineradoras, que só pode gastar seus recursos em obras de infraestrutura.
O prefeito Beto Richa, de Curitiba, participou na manhã desta quinta-feira (4), em Belo Horizonte (MG), da solenidade de inauguração da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, um moderno complexo de prédios projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para abrigar a administração direta e indireta do Governo de Minas Gerais.
“A Cidade Administrativa engrandece a tradição mineira de produzir a vanguarda, iniciada com a criação de Belo Horizonte, há mais de um século, e marcada com o traço criativo de Niemeyer, a partir da instalação da Pampulha, há 60 anos”, afirmou Richa. Diversas lideranças nacionais participaram do evento, como o governador José Serra, o vice-presidente da República, José Alencar, o ex-presidente Itamar Franco e o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra.
“Não se trata apenas de um importante marco da arquitetura moderna, mas de um projeto regional de desenvolvimento social, econômico e sustentável, compromisso do Governo Aécio Neves e do PSDB”, disse o prefeito de Curitiba.
O Governo de Minas prevê que, até outubro de 2010, 16.300 servidores trabalharão reunidos no novo complexo administrativo, às margens da Linha Verde (Rodovia MG-010). “A Cidade Administrativa tem duas questões relevantes: um novo conceito de gestão pública e o deslocamento do crescimento de Belo Horizonte para o Vetor Norte”, afirmou Aécio Neves.
A construção da Cidade Administrativa começou em dezembro de 2007. O complexo tem 265 mil metros quadrados de área construída. São três prédios principais: o Palácio Tiradentes, com quatro pavimentos suspensos e vão livre de 147 metros de comprimento por 26 de largura, que abrigará a sede do Governo; e os edifícios Minas e Gerais, com 116 mil metros cada, onde serão instalados as secretarias e outros órgãos públicos. O complexo conta ainda com auditório, centro de convivência e jardim com dois lagos artificiais.
Foram investidos R$ 949 milhões na obra. O investimento foi integralmente custeado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). Cerca de 10 mil empregos foram gerados desde o início dos trabalhos.
Não foram utilizados recursos do Tesouro do Estado na obra. O Estado investiu R$ 20 milhões em obras sociais nas comunidades do entorno da Cidade Administrativa, na reforma de 27 escolas públicas, construção de praças, associação comunitária, melhorias em postos de saúde, campos de futebol e ainda na revitalização do Conjunto União, o condomínio residencial mais antigo da região.
ECONOMIA
A integração de 18 secretarias e 25 órgãos públicos na Cidade Administrativa proporcionará uma significativa economia ao Estado. Estudo da Secretaria de Planejamento calcula que a centralização da gestão gerará uma economia anual de R$ 92 milhões já a partir de 2010. Os cálculos foram auditados pela BDO Trevisan, terceira maior empresa de auditoria do mundo com atuação em 110 países.
O estudo baseia-se nos gastos realizados pelas secretarias e órgãos com diversas despesas que hoje ocorriam em razão da distribuição da administração estadual por 53 imóveis em endereços diferentes na capital mineira. Os serviços para conservação e limpeza dos prédios, manutenção de elevadores, recepção e vigilância, telefonia, aluguéis, transporte de pessoas e documentos, reprografia e impressão respondiam pelos principais gastos administrativos.
Os prédios são equipados com avançados sistemas de iluminação, água e ventilação e com moderna rede para transmissão de dados. Toda comunicação por telefone entre as secretarias e órgãos passa a ocorrer por meio de ramais, como ligações internas e sem cobrança de impulsos. Novas tecnologias em informática e intranet proporcionam maior agilidade e confiabilidade aos procedimentos administrativos e eliminam os sistemas obsoletos e a diferenciação que havia na qualidade desses serviços entre secretarias e órgãos.
O uso de esgoto a vácuo em todo o complexo de prédios reduzirá em 85% o consumo de água nos banheiros e demais instalações. O aproveitamento da luz natural em todo o conjunto e o sistema de iluminação automatizada, com sensores fotossensíveis, elevadores inteligentes e fachada com solução de vidro duplo, contribuirão para racionalizar o consumo de energia elétrica.
Tancredo vem aí
Para marcar os 100 anos do seu nascimento e os 25 de sua morte, começou a ser rodado em setembro, para estrear em abril, um documentário sobre Tancredo Neves. Será produzido por Roberto D’Avila e dirigido por Silvio Tendler, responsável por levar às telas Os Anos JK (1980) e Jango (1984).
Orlando Brito
Tancredo Neves
Nas telas em 2010, além de Lula estará o avô de Aécio
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