segunda-feira, 27 de setembro de 2010

BETO RICHA EM ARTIGO NA FOLHA DE SÃO PAULO: "MANTENHO A COERÊNCIA"

Em artigo publicado nesta segunda-feira (27) pelo jornal Folha de S. Paulo, Beto Richa afirma: passados oito anos, as principais carências da população paranaense continuam as mesmas: educação de qualidade, saúde mais perto das pessoas e segurança nas cidades e no meio rural. “Hoje, candidatos de todos os quadrantes buscam aproveitar-se da popularidade presidencial, impulsionada pelo bom momento da economia, favorecida pelas reformas aprovadas no governo do PSDB, com o voto contrário da então oposição petista”, diz Beto. “De minha parte mantenho a coerência”.

Leia a íntegra do artigo:

Carências permanentes

Oito anos depois de disputar pela primeira vez o governo do Paraná, vejo com certa perplexidade que as principais demandas da população paranaense, e as de boa parte do país, continuem sendo as mesmas: educação de qualidade, saúde mais perto das pessoas e segurança nas cidades e no meio rural.

Além disso, uma infraestrutura que não recebeu os investimentos necessários à expansão exigida pelo crescimento da atividade econômica. O governo Lula teve o mérito de consolidar e expandir os programas sociais criados no período Fernando Henrique Cardoso, fortalecendo o mercado interno.
Mas nenhuma das duas instâncias de governo (estadual e federal) teve competência para prover bom atendimento naquilo que mais interessa ao cidadão.

Basta ver, para comprovar isso, os crescentes índices de criminalidade em todo o Paraná (onde estão três das dez cidades mais violentas do país), o cortejo de ambulâncias levando pacientes do interior para a capital e a precariedade em que funcionam algumas escolas estaduais, apesar da dedicação heroica de professores e diretores.

Em Curitiba, viramos esse jogo fazendo investimentos equivalentes a quase 10% das receitas líquidas municipais, percentual bem superior à média nacional.

Em cinco anos, investimos R$ 1,2 bilhão, dos quais 87,4% com recursos próprios, 11,2% em repasses federais e 1,4% com financiamentos do Estado.

Elevamos a taxa de investimento e transformamos o deficit fiscal herdado em 2005 em superavit por cinco anos consecutivos de gestão na prefeitura, além de pagar quase R$ 160 milhões de precatórios, rigorosamente em dia.

Em 2009, início de meu segundo mandato na prefeitura, introduzimos os contratos de gestão, mecanismo pelo qual a equipe se compromete a atingir metas fixadas de acordo com os objetivos estabelecidos no plano de governo, sob permanente avaliação. No primeiro ano, atingimos 90% das metas.

Com prioridades bem definidas, corte nas despesas supérfluas e o engajamento do servidor, é possível dar mais qualidade ao gasto público e melhorar o serviço prestado aos cidadãos. É este mesmo estilo de gestão que nos propomos agora a levar ao governo do Estado do Paraná.

Candidatos de todos os quadrantes buscam aproveitar-se da popularidade presidencial, impulsionada pelo bom momento da economia, favorecida pelas reformas aprovadas no governo do PSDB, com o voto contrário da então oposição petista (por sorte ou conveniência, Lula relegou a segundo plano o programa do PT).

De minha parte, mantenho a coerência. Precisarei dela para fazer um governo aberto ao diálogo — palavra proibida pelo governo estadual nos últimos oito anos —, com disposição para estimular novos investimentos, criar um ambiente favorável ao desenvolvimento, efetivo apoio à agricultura e prioridade à educação, além da retomada do planejamento e da determinação para promover um choque de infraestrutura.

Acredito que o Paraná, assim como o país, exige uma visão mais moderna de gestão, com a profissionalização dos quadros técnicos e sem o aparelhamento partidário da estrutura estatal.

CARLOS ALBERTO RICHA, o Beto Richa, 45, é candidato ao governo do Paraná pelo PSDB. Foi prefeito de Curitiba entre 2005 e 2010

Um comentário:

Anônimo disse...

chega do grupo do Jaime Lerner e Taniguchi! Nunca mais! Chega de censura! Fora Beto!