quinta-feira, 1 de março de 2012
EXPORTAÇÃO DE ENERGIA PARA A VENEZUELA
Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 29 de fevereiro de 2012.
Escrevi, recentemente, o artigo “Energia Amazônica”, falando da construção do Linhão (Linha de Transmissão) Tucuruí-Macapá-Manaus. Alguns amigos demonstraram surpresa quando ao final, falei da incorporação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e da possibilidade de, futuramente, exportarmos energia para a Venezuela, em vez de a importarmos, como fazemos hoje.
- Roraima no SIN
No dia 25 de janeiro deste ano, foi assinado o contrato de concessão para a construção da Linha de Transmissão Manaus/Boa Vista, que terá 715 km de extensão, nos Estados do Amazonas e Roraima, mais as Subestações Equador 500 kV e Boa Vista 500/230 kV. A linha conectará Boa Vista ao SIN, contribuindo ainda mais para a redução do consumo de Combustíveis Fósseis, além de possibilitar a exportação de energia do SIN para a Venezuela.
Veja o artigo completo no link:
Reproduzo a reportagem da jornalista Claudia Jardim da BBC Brasil, de 17 de fevereiro de 2010.
Veja a reportagem completa no link:
Venezuela estuda importar energia do Brasil
Fonte: Claudia Jardim - De Caracas para a BBC Brasil
O ministro de Energia Elétrica da Venezuela, Ali Rodriguez Araque (foto ao lado), anunciou, nesta quarta-feira, que o governo poderá comprar energia elétrica do Brasil e de outros vizinhos para conter a crise energética que mantém o país em estado de emergência no setor.
Araque confirmou que o Brasil já ofereceu exportar energia aos venezuelanos. De acordo com a imprensa colombiana, Bogotá, que mantém uma crise diplomática com o governo venezuelano, também deve fazer uma oferta para o setor nesta quinta-feira.
“Não é bom atravessar o rio antes de chegar à ponte. Se houver qualquer oferta proveniente da Colômbia, nós vamos analisar, assim como estamos fazendo com a oferta que veio do Brasil”, afirmou o ministro em entrevista coletiva em Caracas.
Ainda de acordo com Araque, a exportação de cerca de 80 megawatts da Venezuela para o Brasil poderia ser suspensa e, no seu lugar, os venezuelanos importariam eletricidade brasileira.
Há duas semanas, uma equipe técnica do ministério de Minas e Energia esteve na Venezuela para avaliar a crise e propor alternativas de cooperação no setor. No encontro, foi estabelecida a viagem de uma equipe venezuelana para o Brasil para coordenar um plano para enfrentar a crise.
Emergência
No início do mês, o governo da Venezuela decretou estado de emergência elétrica em todo o país, medida que permite ao Executivo dispor de recursos para a compra de energia elétrica tanto dentro como fora do país sem a necessidade de trâmites de licitação.
O governo promete injetar pelo menos US$ 4 bilhões no setor elétrico com o objetivo de incrementar pelo menos 4 mil megawatts ao sistema de eletricidade neste ano, dando maior peso na construção de termoelétricas.
Considerada como uma das piores secas das três últimas décadas, a represa que abastece a hidrelétrica do El Guri, responsável por 70% da geração de energia do país, perde diariamente 13 centímetros de água.
Multas para desperdício
A crise levou o governo a endurecer a aplicação do plano de racionamento, anunciado no início do mês, que estabelece multas de entre 100% a 200% no valor da conta para os venezuelanos que não economizarem energia.
Essas sanções deverão se estender também para o consumo de água. De acordo com um decreto que entrará em vigência dia 1° de março, o governo poderá multar os consumidores que não adotarem o plano de racionamento vigente desde o ano passado.
A nova regra determina que o metro cúbico de água poderá custar de três a cinco vezes mais para os venezuelanos que optarem por não fechar as torneiras.
“Aquelas pessoas que não se importarem em pagar o excesso e continuarem desperdiçando água, se cortará o serviço (de abastecimento) ainda que tenham a conta em dia”, afirmou Alejandro Hitcher, ministro de Ambiente e presidente da estatal hidráulica Hidrocapital, em entrevista ao jornal local Últimas Notícias.
O governo argumenta que a crise, que tem afetado sua popularidade, se deve à severa seca provocada pelo fenômeno El Niño, ao mesmo tempo em que responsabiliza os consumidores pelo “desperdício” tanto de eletricidade como de água.
Já a oposição responsabiliza o Executivo, ao afirmar que a crise é consequência de faltas de investimentos no setor.
A crise energética e hidráulica ocorre em um ano considerado decisivo no campo político, quando os venezuelanos irão às urnas definir a nova composição do Parlamento, hoje controlado por maioria chavista.
Livro
O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Vice- Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
E-mail: hiramrs@terra.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário