sexta-feira, 9 de março de 2012

SERÁ PRECISO DESENHAR?


Se a voz do povo é mesmo a voz do Senhor Deus, creio que os religiosos que tiveram a infeliz ideia de elaborar uma carta pedindo a cabeça de Padre Paulo Ricardo talvez agora entendam o tiro no próprio pé que deram.
Como o blogueiro Wagner Moura escreveu em seu blog, os números do apoio que o bom padre recebeu dos católicos são impressionantes. Mais de 10.000 foram os que assinaram uma petição online para mostrar que estão ao lado do padre. Mais de 300 foram os que se reuniram para rezar pelo padre em um santuário em sua diocese. Sem contar que se imaginarmos que estas pessoas falarão sobre o assunto com mais outras em suas paróquias e dioceses dá para ter uma ideia do tsunami que os religiosos que queriam calar o padre conseguiram provocar com seu ato pérfido.
Parece que está mesmo acabando o tempo em que a Teologia da Libertação dava as cartas livre e impunemente. Se ainda controlam, com a anuência de bispos, várias dioceses no Brasil, seus atos ao menos não ficam mais escondidos nos salões paroquiais, nas reuniões das CEBs, em pastorais "sociais", e mesmo, é forçoso dizer, comissões da CNBB controladas por leigos que se acham acima até de bispos.
Dizem que a luz do Sol é um ótimo germicida e neste caso isto se mostrou totalmente verdadeiro. A pretensiosa carta era endereçada a bispos, a padres e ao Povo de Deus. Pois bem, o Povo de Deus se manifestou de forma impressionantemente firme contra cada um dos pontos levantados na carta.
O Povo de Deus quer padres de batina, porque a Santa Igreja assim o quer. O Povo de Deus quer padres que lhes falem das coisas de Deus, exatamente como Padre Paulo Ricardo lhes fala. O Povo de Deus quer padres que se posicionem contra os desmandos políticos aos quais estamos assistindo há décadas e que vem sendo apoiados por não poucos religiosos, padres e bispos. 
Em resumo, o Povo de Deus quer padres que se portem como verdadeiros sacerdotes e não como burocratas, assistentes sociais, superstars ou políticos. Precisamos de verdadeiros sacerdotes e não de religiosos que se reúnam em turba para calar um padre que apenas fala daquilo que o Povo de Deus está sedento há muito tempo.
Dito isto, penso que é o tempo dos religiosos que assinaram a tal carta ouvirem a voz de Deus que Se fez ouvir até mesmo através de um twittaço. Ou será que precisaremos desenhar?

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