domingo, 16 de setembro de 2012

CELULAR E VOLANTE NÃO COMBINAM!

Por Luiz Antonio Domingues – Planet Polêmica

Basta sair de sua casa e logo que vai atravessar a primeira rua, passa um carro à sua frente, com o motorista dirigindo afoitamente com uma só mão, preocupado em segurar um indefectível telefone celular.
Anda mais um pouco e passa outro e depois outro, outro...
Basta observar nos cruzamentos das grandes avenidas e o fenômeno se repete, aliás, multiplica-se.
Essa compulsão em falar o tempo todo ao celular parece não passar de um impulso.
O argumento de que importantes recados não podem esperar de forma alguma, é estapafúrdio no sentido simples de que a humanidade viveu sem esse recurso, por milhares de anos e por que só a partir dos anos noventa, isso se tornaria uma necessidade premente? Com a sofisticação cada vez maior dos celulares, o rol de distrações aumentou muito. Agora é comum ver motoristas participando de chats na internet, disparando torpedos, consultando o Google ou procurando vídeos no You Tube...em suma: Fazem tudo, menos prestar atenção no trânsito e sobretudo na condução de seu veículo.
Vamos aos fatos: As informações que você processa ao dirigir e usar o celular, vão simultaneamente ao tálamo para serem processadas.
O próximo passo é serem filtradas no lobo frontal onde uma das duas será priorizada.
A seguir, o córtex cerebral vai decidir só por uma e a outra ação é relegada a segundo plano.
Se a prioridade é o que faz ao celular, sua percepção ao dirigir, é reduzida drasticamente. Isso sem contar certas nuance de cunho psicológico, que muito contribuem como agravantes.
Não é raro ver pessoas enfurecidas ao volante, por estarem brigando com alguém ao telefone. Imagine você recebendo uma bronca de seu chefe, brigando com sua mulher ou recebendo uma notícia de falecimento de um ente querido.
Isso altera sua pressão sanguínea ou não? Sei que falei de situações extremas, mas mesmo se estiver numa conversa amena sobre a última rodada do brasileirão ou criticando a última medida do ministro da fazenda, esse uso de celular ao volante é inconveniente.
Estou cansado de ver motoristas conduzindo o veículo em ziguezague, não usando a seta para conversões e o pior, desrespeitando a mais básica das regras de trânsito, ao não parar nos semáforos vermelhos.
Pobres pedestres que já sofrem para atravessar as ruas, com o costumeiro desrespeito de motociclistas e ciclistas nesse quesito.
O assunto é preocupante e ganha ares epidêmicos no sentido de que o Hospital das Clínicas de São Paulo está abrindo um departamento especial para tratar desse novo distúrbio, a compulsão em dirigir e usar o celular simultaneamente.
Uma frase dita pelo jornalista norte-americano William Powers sobre esse assunto, cabe bem para fazer o leitor pensar: "Sacrificar a vida para ler uma mensagem, vale a pena"?

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