quinta-feira, 27 de setembro de 2012

DILMA DEVE EXPLICAÇÕES SOBRE A COMISSÃO DE ÉTICA DA PRESIDÊNCIA


A sociedade brasileira discute hoje a necessidade de mudanças na política de modo que a ética assuma seu verdadeiro lugar. Ocorre que há quem procura se colocar acima das leis, querendo fazer prevalecer em primeiro lugar seus próprios interesses. Hoje já há nas esquinas a discussão sobre qual será o resultado do julgamento do 'Mensalão do PT', principalmente de os condenados serão realmente presos e se devolverão o dinheiro público que foi utilizado para compra de votos no Congresso Nacional. Paralelamente, discute-se agora a renúncia do presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sepúlveda Pertence, logo após a presidente Dilma Rousseff ter indicado novos membros para o órgão, não reconduzindo dois deles para mais um mandato, praxe que sempre ocorreu quando alguém completava o primeiro dos dois mandatos permitidos;
O ex-presidente da comissão queria que Dilma renovasse os mandatos dos conselheiros Fábio Coutinho e Marília Muricy, que terminaram em julho e agosto. 
Os dois haviam sido indicados por Sepúlveda Pertence. Mas Dilma não dava a mínima para Sepúlveda Pertence e nem mesmo despachavam. Dilma mandou dizer pelo ministro Gilberto Carvalho que os nomes por ele sugeridos não seriam reconduzidos. Tudo porque Dilma se irritou com sugestões dos membros não reconduzidos para a demitir um ministro, Carlos Lupi, do Ministério do Trabalho, e advertir outro, Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, durante as crises de denúncias de 'malfeitos' que levaram a presidente da exonerar oito de seus principais auxiliares diretos, algo que não ocorreu com Pimentel, amigo pessoal de Dilma;
Parece que Dilma já está livre a desconfiança de alguns de que a pressa em indicar com muita rapidez o nome do substituo do ministro Cesar Peluso que se aposentou no STF, medida vista por alguns como uma tentativa de provocar atrasos no julgamento do 'Mensalão do PT', para que não houvesse influência contra o PT nas vésperas das eleições municipais de 7 de outubro, algo já superado com o adiamento da conclusão da sabatina a que está sendo submetido o indicado de Dilma, ministro Teori Zavascki, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entretanto, não pegou bem para Dilma essa atitude revanchista em relação aos dois membros da Comissão de Ética, pois fica bem clara a revanche dela em relação aos interesses pessoais da presidente, acima do cuidado com a ética no trato das coisas do interesse da República. 
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