Por José Eugênio Maciel
“Finalmente, escrever bem não é repetir o que já foi escrito: é servir-se do que
já foi dito para dizer pela primeira vez. É surpreender o lugar comum como
a um inimigo e a verdade que lá jazia, prisioneira da repetição. É ser novo
e inaugural no que é velho e comum ao ser”
(Jornalista Artur da Távola)
A estação é das letras. As palavras se diversificam na beleza colorida das ideias. Os textos transcendem os bem cuidados canteiros para atingirem outros espaços e vão ficando mais ao alcance de todos através das páginas dos jornais, revistas, livros, folhas cada vez mais fartas e assinadas pelos mourãoenses, o escrever a enraizar a nossa cultura.
É impossível deixar de notar que a estação das letras se apresenta repleta de um rico e variado conteúdo. A começar pela “Tribuna Livre”, espaço da Opinião há muito tradicional desta Tribuna, outrora preenchido em sua maioria por textos oriundos das agências de notícias ou de jornalistas e escritores de todos os outros lugares do País. Porém, de uns tempos para cá tem ocorrido o inverso, felizmente, ou seja, são muitos os mourãoenses que estão estreando ou passaram a escrever com maior frequência. No sábado passado a professora Nelci Veiga Mello, analisou a história, a atualidade e as perspectivas da mulher nos seus muitos contextos, a propósito do Dia Internacional da Mulher. Na última sexta a “Tribuna Livre” publicou a análise profissional da fonoaudióloga Lúcia Viel, ela, especialista em voz, tratou sobre tal questão, enfocando a voz do professor e o cotidiano escolar. Aliás, a doutora Lúcia propiciou importante contribuição profissional e humana a Escola Espaço Aberto, ao orientar na compra de equipamentos de audiometria, uma vez que a referida escola municipal atendia os portadores de deficiência auditiva. Ela ainda os atendia gratuitamente, sempre com denodo e carinho, sou testemunha de tais fatos à época (década de 90) em que fui secretário municipal da educação e cultura, sempre pude contar com a valiosa participação dela.
Osvaldo Broza, Jair Elias dos Santos, João Maria Lara e Gilmar Cardoso, para mencionar somente alguns entre outros também importantes, sempre marcam presença com textos primorosos na “Tribuna Livre”. E – ao escrever na madrugada de sexta para sábado, acredito que neste sábado deva ter sido publicado mais um texto do Osvaldo Broza, que ele me encaminhou. Mais uma vez o modo peculiar, simples e com conhecimento de causa do Broza, estão presentes no texto do nosso cronista.
Entregue pelo Eduardo, recebi em minha casa a edição de março da Cidade em revista, e, apenas ao começar a lê-la, são muitos os colaboradores mourãoenses que assinam textos versando sobre os mais variados temas, alguns nomes já tradicionais do nosso meio literário e outros que não são ainda mais conhecidos por escreverem com pouca freqüência, e eis aí o meu apelo, escrevam mais, os textos que produzem são uma inestimável contribuição à nossa cultura. Na edição da revista Cidade, além da própria jornalista Cidinha Coletty, encontramos textos de: Pastor André Luis Portes, Maria Joana T. Calderari, Geórgia Coletty, Marcelo Massaiti Tokunaga, Vanilda Bisi, Diego Reis, Maria Eugênia Santini Calixto, entre outros nomes.
É compreensível que muitos literatos da nossa cidade e da região, por causa dos afazeres que tomam praticamente todo o tempo, optem escrever de vez em quando e até mesmo pela insistência. Cabe o registro e a cobrança, escrevam mais e sempre.
Imagens da Internet - fotoformatação (PVeiga).
2 comentários:
Obrigada por citar meu texto! Fiquei emocionada! Que boba eu! rsrs...
Uma referência assim é sempre inspiradora! Obrigada!
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