quarta-feira, 6 de junho de 2012

AS DIFICULDADES DO MST FICAM MAIS EVIDENTES


QUE NÃO FALTE CAL NO ENTERRO DO MST
- Introdução de Orlando Tambosi -
“O MST, cuja liderança reúne a escória ideológica mais arcaica do país (Che Guevara, Fidel, Mao e outros facínoras históricos são sua tardia inspiração, abençoada pela Teologia da Libertação), está com os dias contados. "Pol Pot" Stédile, seu dirigente que age como clandestino, deveria estar na cadeia por destruir propriedades, plantações e centros de pesquisa agrícola em universidades e empresas, além de depredar o patrimônio público. A horda pseudo-camponesa por ele chefiada não passa de um exército de mercenários. Que a missa fúnebre pela morte do MST seja celebrada por Dom Tomás Balduíno, mentor da Comissão Pastoral da Terra (que tem por símbolo uma vetusta enxada) e inimigo da agricultura moderna”. (Blog do Orlando Tambosi).
 
Por Roldão Arruda (ESTADÃO)
 Tornam-se mais evidentes, a cada novo levantamento sobre os conflitos agrários no País, as dificuldades que o Movimento dos Sem-Terra (MST) e outras organizações de defesa da reforma agrária enfrentam. Sua capacidade de mobilização cai de forma contínua e prolongada em todo o País.
Estudo divulgado nesta terça-feira, 5, pelo Núcleo de Estudos Pesquisas e Projetos da Reforma Agrária (Nera), vinculado à Unesp, mostra o seguinte: em 2003, primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram registradas no Estado de Minas 46 ocupações de terra. Em 2011 foram 23, a metade do número anterior. 
No mês passado, outro estudo, do mesmo Nera, havia retratado em Mato Grosso uma situação ainda mais dramática para esses movimentos. O texto dizia: ”Em 2003 foram registradas 30 ocupações de terra em Mato Grosso, mas desde então essas ações dos movimentos sociais têm diminuído constantemente, de forma que em 2009 foram registradas somente três ocupações no Estado e no ano de 2010 nenhuma ocupação foi registrada.”
Para onde quer que se apontem os indicadores e seja qual for o critério de aferição, a dificuldade irá aparecer. No mês passado, ao divulgar o relatório sobre conflitos no campo em 2011, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostrou um retrato nacional do problema. Disse que, entre 2003 e 2011, o número de acampamentos no País caiu de 285 para 30.
O MST surgiu em meados da década de 1980 e tem sido apontado como a principal organização do País em defesa da reforma agrária. Alguns estudiosos já disseram que se trata de um dos mais importantes movimentos sociais da história brasileira. Demonstrou enorme capacidade de mobilização nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando reunia dezenas de milhares de pessoas para ocupações e grandes marchas pelo País. 
O movimento também desfrutava de forte dose de simpatia na sociedade. A principal personagem da novela O Rei do Gado, exibida no horário nobre da Globo, entre 1996 e 1997, era uma sem-terra, interpretada por Patrícia Pilar. 
A que atribuir essa dificuldade de mobilização? No estudo do mês passado do Nera, os pesquisadores fazem referência a um conjunto de fatores. Começam citando “a violência contra camponeses e trabalhadores rurais”, que acabam desarticulando os movimentos. Também citam o poder político dos proprietários e suas bancadas parlamentares, ”que direcionam políticas públicas, leis e decisões contra os camponeses”. Em terceiro lugar citam o desinteresse do governo pela reforma.
Por último, falam no crescimento econômico que o País experimentou nos últimos anos, mobilizando grande número de trabalhadores com pouca qualificação pessoal, que constituíam no passado o público dos movimentos. Diz o texto: ”A conjuntura econômica do país nos últimos anos tem contribuído para a geração de empregos em setores que absorvem os potenciais beneficiários da reforma agrária, como a construção civil e a agropecuária”.

Um comentário:

klauber C. Pires disse...

Caro amigo,

Peço-te a ajuda para divulgar e apoiar a luta do Dr Miguel nagib, dono da ong Escola sem Partido.

O que está acontecendo: tramita no STF uma ação movida por ele para definir o domicílio do juízo em caso de ações impetradas por leitores ou pessoas que se sentirem lesadas com algum texto.

Ocorre que, num país de dimensões continentais como o nosso, a eleição do domicílio do impetrante é um grave perigo para a liberdade de expressão. Inclusive, há muitos casos de litigância de má-fé, nos quais os autores se prevalecem disso.

Por favor, leia o artigo Entenda a repercussão do Caso COC sobre o futuro da liberdade de expressão no Brasil - em http://libertatum.blogspot.com.br/2012/06/entenda-repercussao-do-caso-coc-sobre-o.html para saber mais detalhes.

Precisamos dar uma boa força ao Dr Miguel Nagib, inclusive, como amicus curiae. Podemos tbm subscrever uma petição pública ao STF.

Obrigado,

Klauber Cristofen Pires