Por Luiz Antonio Domingues -17/05/2012- in Orra Meu!
O paulistano Guto Lacaz é uma das personalidades artísticas mais inquietas das últimas décadas. Seu trabalho é multifacetado e rompe barreiras entre a ciência e a arte.
Suas engenhocas chamam a atenção pelo caráter inusitado, brincando com a questão da massificação do mundo industrializado, com as geringonças inúteis que nos são impingidas pela publicidade agressiva etc.
Uma das subliminares cutucadas de Lacaz ao sistema se dá nos aparelhos de funções repetitivas, onde perseguindo o moto perpetuo em favor de nada, satiriza o vazio da sociedade de consumo em todas as suas implicações.
Nascido em 1948, formou-se arquiteto pela FAU-USP, lecionou comunicação visual e desenho de arquitetura na PUC de Campinas (PUCamp) e foi editor da revista Around Z. (mas se intitula como “artista prático” ou brincando “marginal chique”).
Como artista plástico, Lacaz produz esculturas, videoinstalações, multimídia, eletroperformances, projetos e experimentos científicos alternativos.
Sua criatividade é incrível e seu senso de humor corrosivo dá o tom exato aonde sua arte quer chegar. O limite onde esbarra na ciência provoca o lúdico num primeiro instante, mas certamente tem uma camada mais profunda a ser analisada com maior atenção.
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