segunda-feira, 25 de junho de 2012
QUEM VAI SER O LUGO AMANHÃ?
Por Jorge Serrão
O impeachment do bispo Fernando Lugo pode representar a ruptura de um ciclo democrático na América Latina? Um tal interlocutor da Presidenta Dilma Rousseff, que o jornal O Globo preferiu não identificar, faz a afirmação que sim. No entanto, o mais sensato é fazer a pergunta em termos corretos, para termos uma resposta mais precisa e próxima da realidade.
Primeira falsa questão. O tal “ciclo democrático” na América Latina existe de verdade ou é uma mera figurinha de retórica política empregada pelos radicalóides membros do Foro de São Paulo? Por aqui e acolá temos “democraduras”. O regime de insegurança jurídica e de desrespeito à razão pública, com componentes de corrupção e bagunça institucional, acontece no Brasil, na Argentina, no Equador, na Bolívia, na Venezuela e no Paraguai – onde ocorreu uma reação política conservadora.
Quem analisa a realidade não pode ignorar que o continente, há muito, é governado pelos ditamos do Foro de São Paulo. Esta organização meio oculta, fundada por Fidel Castro e Lula da Silva em 1990, aparelha a Unasul. Só os imbecis completos não sabem e os FDP profissionais fingem ignorar que o Foro cumpre o papel de promover o capimunismo globalitário.
Seus membros fazem o discursinho de esquerda, com verniz socialista. Mas, na prática, aparelham o Estado para locupletar seus líderes, enquanto atuam como marionetes da Nova Ordem Mundial. Lula, Dilma, Cristina, Morales, Correa, Lugo, Mujica, Chavez e companhia servem aos interesses reais da Oligarquia Financeira Transnacional, que controla os negócios mais lucrativos do mundo, destruindo as soberanias dos próprios países que governam.
Os setores conservadores do Paraguai resolveram reagir depressa quando viram que Lugo praticava com o governo de lá o mesmo que fazia com mocinhas que o endeusavam nos tempos de “Bispo do Povo”. Dentro das regras institucionais e soberanas do Paraguai, Lugo sofreu um impeachment. A esquerdalhada, na retórica imbecilizante e mentirosa de sempre, chama este movimento de “golpe”. Curiosamente, não chamam de golpe tudo de errado que fazem contra a democracia, a liberdade de expressão, os valores humanos e a soberania econômica de seus países – entregues às feras do globalitarismo.
Agora, temos de aguentar o papo furado de um covarde interlocutor da temperamental marionete Dilma, alegando que “o governo brasileiro acredita que somente o clamor popular poderá salvar o agora ex-presidente Lugo. Havendo a constatação de que houve ruptura dos princípios democráticos no Paraguai, um dos caminhos é a evocação da cláusula democrática do Protocolo de Ushuaia, cujo efeito é o isolamento do país na região”.
Eis a comprovada democracia às avessas (na verdade, uma democradura) defendida pela bonequinha de Lula e seus comparsas do Foro de São Paulo – todos a serviço dos anti-valores da Nova Ordem Mundial. Os picaretas da democracia agora falam em isolar o Paraguai – como se isso tivesse algum efeito prático. Ou alguém divida que a manobra que tirou Lugo depressinha do poder não teve um oculto apoio norte-americano – que tem bases lá nos charcos? Blindados pela Águia, os militares paraguaios respaldaram a ação política contra Lugo.
É preciso ficar clara a verdade que nossa mídia amestrada e abestada vai sonegar dos seus leitores, ouvintes e telespectadores. Lugo foi derrubado por suas ligações estreitas com organizações guerrilheiras criminosas, que se travestem do manto bonzinho de “movimentos sociais no campo”, para ganhar muito dinheiro com tráficos de drogas, armas e outras mercadorias menos votadas. Foi tal ligação com o crime que derrubou Lugo, justamente no momento em que o esquema mafioso do Paraguai se preparava para faturar alto com a oculta gestão da polêmica “estatização” da venda de maconha no Uruguai.
O interessante, agora, é o cagaço gerado nos demais membros do Foro de São Paulo. Reparem que as reações mais fortes à queda de Lugo vieram dos radicalóides Cristina, Morales e Correa. Em seus países, pelos abusos que cometem contra a ordem democrática e institucional, sabem que podem ter um destino parecido com o do Lugo – que daria um livro: “Os crimes do Bispo do Povo”.
A petralhada também sabe que, apesar das aparências, muita gente não suporta mais a ação do governo do crime organizado corroendo as instituições brasileiras. A sorte momentânea deles é que aqui os urubus ainda parecem voar mais alto que as águias e os carcarás. Mas os reis do lixão da história uma hora podem se dar mal. Seria o ideal. Só não dá para saber se um milagre pode acontecer tão rápido quanto no Paraguai. Por via das dúvidas, ninguém se espante se sair, num golpe de caneta do Diário Oficial, algum reajuste-cala-boca de salário para os nossos militares...
O Paraguai deu o sinal de que é possível reagir contra o Governo do Crime Organizado. Agora, resta esperar se o esquema mafioso-ideológico do Foro de São Paulo conseguirá jogar nas ruas o “quarto elemento” (guerrilha rural e urbana, junto com agitadores sociais) para desestabilizar o novo presidente Federico Franco – que representa o retorno dos conservadores e liberais ao poder. O que acontecer no laboratório paraguaio pode representar experimentos a se repetirem em outros campos de teste.
O certo é: não há câncer que dure para sempre. Não é verdade, Lula?
*Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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