quarta-feira, 20 de junho de 2012

DEFESA DA VIDA HUMANA


Jérôme Lejeune (1926-1994) foi um
homem sábio que mostrou com a sua
vida notável e o seu trabalho
competente que não há contradição
entre a fé e a ciência, se uma e
outra se mantiverem honestamente
na esfera que lhe é própria.
“A defesa da vida humana desde a concepção até a sua morte natural é parte da agenda da caridade, e não devemos temer que essa radicalidade evangélica possa tornar a ação dos [verdadeiros católicos e] cristãos e da hierarquia da Igreja impopular.” (Bento XVI, 2009).
Que sirva para ilustrar o exemplo do Servo de Deus Jerôme Lejeune. Aos 33 anos, em 1959, Lejeune publicou sua descoberta sobre a causa da síndrome de Down, a “trissomia do 21”, e isto o transformou em um dos pais  da genética moderna. Em 1962 foi designado com especialista em genética humana na Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em 1964, foi nomeado Diretor do Centro Nacional de Investigações Científicas da França; no mesmo ano, é criada para ele, na Faculdade de Medicina da Sorbonne, a primeira cátedra de Genética fundamental. Transforma-se assim em candidato número um ao Prêmio Nobel de Medicina.
Aplaudido e lisonjeado pelos grandes do mundo, deixa de sê-lo em 1970, quando se opõe ferozmente ao projeto de lei do aborto eugênico. Lejeune combateu o malminorismo [opção pelo mal menor] que infectou os católicos [e o povo em geral] na França; estes supunham que cedendo no aborto eugênico freavam as pretensões abortistas e evitavam uma legislação mais permissiva. Os argumentos de Lejeune eram muito claros: não podemos ser cúmplices, o aborto é sempre um assassinato, quem está doente não merece a morte por isso e, mais ainda, longe de frear males maiores o aborto eugênico abre as portas para a liberação total desse crime. Sua postura lhe rendeu uma real perseguição eclesial que se juntou à perseguição civil, acentuada por sua defesa do nascituro nas Nações Unidas.
Também em 1970, participou de uma reunião na OMS [observe, leitor, quem deseja legalizar o assassinato – OMS/ONU – e desde quando isso é projeto deles], na qual se tentava justificar a legalização do aborto para evitar abortos clandestinos [vejam a tática sub-reptícia dessa organização totalitária]. Foi nesse momento, quando se referindo à Organização Mundial de Saúde, que disse: “eis aqui uma instituição de saúde que se tornou uma instituição para a morte”. Nessa mesma tarde, ele escreveu para sua esposa e filha dizendo: “Hoje eu joguei fora o Prêmio Nobel”. Em nenhum momento deu ouvidos aos prudentes, que o aconselharam calar-se para chegar mais alto e assim mais poder influir [eis aqui, leitor, um exemplo de homem de caráter que repudiou a cultura do assassinato e o argumento falacioso do malminorismo que as pessoas hodiernas utilizam, por indução, em seus argumentos vazios e equivocados. Se você for uma dessas pessoas, repense sua postura e reveja seus conceitos!].
Excerto retirado do livro “Poder Global e Religião Universal” de monsenhor Juan Claudio Sanahuja, tradução de Liège Carvalho, ed. Ecclesiae, pp. 138-140.
Recebi do amigo Anatoli Oliynik.

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