segunda-feira, 19 de abril de 2010

CRIME ANUNCIADO - MST INVADE SEDE DO INCRA EM SEIS ESTADOS E NO DF

BlogReinaldo Azevedohttp://veja.abril.com.br/veja_online_2007/imagens/colunas/reinaldo-azevedo-home.jpgNa Folha:

Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram nesta segunda-feira a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em cinco Estados –São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Piauí e Paraíba. A sede nacional do instituto também foi invadida. Desde sábado, a sede do Incra em Pernambuco é ocupada pelo movimento.

“O governo não vem cumprindo os seus compromissos com a reforma agrária. Temos famílias acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação bastante difícil à beira de estradas”, afirma José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST, em nota.

Segundo o MST, o “abril vermelho” já teve manifestações em 19 Estados. O movimento afirma que já foram ocupadas 68 fazendas: em Pernambuco (25), Bahia (15), São Paulo (11), Paraíba (5), Sergipe (4), Alagoas (2), Ceará (2), Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul (uma em cada).

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) deve pedir a reintegração de posse de sua sede nacional em Brasília. O pedido do Incra deve ser protocolado ainda hoje na Justiça Federal.

As invasões fazem parte da onda de ações do chamado “abril vermelho”. O MST cobra, entre outros pontos, o assentamento de todas das famílias acampadas à espera de um lote de terra. O MST afirma ter 90 mil famílias atualmente debaixo de barracos de lona.

Comento
Escrevi “crime” no título? Sim. É um ato criminoso invadir um órgão público, impedindo seu funcionamento e cerceando o direito de ir e vir. E o que vai acontecer com o MST? Nada!

O que é um bem público? É aquele que pertence a todos. Por isso é regulado pelo estado, o ente cuja autoridade é reconhecida pela sociedade. As esquerdas entendem de outro modo: o “público” quer dizer “de ninguém”. E, se é de ninguém, então pertence a elas, que se autoproclamam “representantes do povo”.

Botar essa gente pra fora debaixo de chicote se for o caso, responsabilizando-a civil e criminalmente pelo abuso, nem pensar! Isso, afirmam, seria “satanizar os movimentos sociais”. Como disse Dilma naquele discurso em ato ilegal (!) promovido em São Bernardo, os petistas querem “dialogar”. No caso, “dialogar” com o crime.

Se bem que é preciso reconhecer: a invasão das sedes do Incra é só um simbolismo da militância. O órgão já pertence ao MST. Todos os seus diretores foram, na prática, indicados pelo movimento. Isso quer dizer que o crime contra o estado — e, pois, contra o conjunto dos brasileiros — antecede essa patacoada. Um movimento que nem mesmo tem existência legal detém o controle de uma fatia do estado. E faz o que bem entende, ao arrepio da lei.

Nenhum comentário: