domingo, 4 de abril de 2010

GEOPOLÍTICA DO $TALINÁCIO À MODA DO GOLBERY

(*)-Por Jorge Serrão
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Deve estar radiante de felicidade o espectro de Golbery do Couto e Silva (21/8/1911-18/9/1987). A criatura política que ele ajudou a criar, na década de 70, junto com seus parceiros da tecnocracia globalitária, superou o criador.

O sindicalista Luiz Inácio da Silva, transformado no mítico Lula, agora tem tudo para ser o futuro Secretário Geral das Nações Unidas. $talinácio na ONU será a concretização da “Geopolítica do Brasil” proposta pelo Golbery - um aprendiz de Rasputim.

Desde julho de 2008, o Bolcheviquepropagandaminister de $talinácio mantem um contrato anual de R$ 15 milhões com o Grupo CDN, uma das maiores empresas de comunicação do País. O trabalho da empresa (http://www.grupocdn.com.br/), presidida por João Rodarte, é cuidar da imagem do Brasil no exterior. Para isso, firmou uma parceria com a Fleishman-Hillard, gigante das relações públicas internacionais, com mais de 80 escritórios no mundo.

A máquina de propaganda $talinacista funciona com sete jornalistas sênior bem pagos. Recebem salários mensais na casa dos R$ 20 mil. Fluentes em inglês, espanhol e francês, o trabalho deles consiste em plantar notícias positivas da marca “Lula” na mídia global. Em 2009, Lula concedeu 114 entrevistas, das quais 43 exclusivas para as maiores redes de comunicação internacionais e para os maiores jornais e revistas do Brasil e do exterior.

Junto com a ação midiática, ocorre o trabalho de “relações públicas” que rende premiações para Lula. O chefão ganhou o prêmio de “Global Statesman” do Fórum Econômico Mundial. O jornal espanhol El Paiz o elegeu “o Homem do ano”. O Le Monde francês o escolheu como “Personagem de 2009”. Na reunião de líderes globais, colocaram Lula sentadinho ao lado da Rainha Elisabeth, da Inglaterra. E Barack Obama definiu que $talinácio “é o cara”.

Na verdade, “o cara” seria o Coronel Golbery do Couto e Silva, que nunca foi “General” na ativa. Mítico como o atual mercador de ilusões $talinácio, Golbery teve direito a duas promoções de posto quando passou para a reserva, em 1961. “Genérico” mais falso que ele só o que temos hoje atacando a defesa.

Golbery chegou a ser chamado de “Gênio da Raça” pelo cineasta Glauber Rocha. Outros o chamavam de "O Bruxo" por sua notável capacidade de articulação e inteligência. Também foi denominado pelo jornalista Elio Gaspari como "O Feiticeiro". Os feitiços de Golbery começaram na década de 50 em manobras de bastidores e lances intelectuais bem ao estilo do personagem que juntou 30 mil livros – os principais guardados em segredo, longe dos olhares profanos.

Nos “anos dourados”, na Escola Superior de Guerra (ESG), Golbery praticou a tese que condicionava a associação do Estado à iniciativa privada mediante o apoio tecnocrático de forma a fortalecer a segurança nacional. Propôs o que seria o ideal: a formação de uma “elite tecnocrática, civil e militar, ideologicamente comprometida com um conjunto de objetivos nacionais permanentes”.

Golbery defendia que, para promover o desenvolvimento nacional, seria necessária, em certa medida, a centralização do poder com “a supressão de alguns valores definidores da ordem democrática.” Ou seja, segundo sua tese, para desenvolver o Brasil de seu atraso tecnológico, era necessário um regime de força alinhado com a elite anglo-americana. Seu inconsistente livro “Geopolítica do Brasil” (1966) segue esta linha. Antes, em 1955, Golbery escrevera “Planejamento Estratégico”, no qual reforçou a tese ideológica de que era preciso fazer frente ao avanço do comunismo no cenário político brasileiro.

A suposta boa intenção do intelectual militar acabou desvirtuada na prática. O seu IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) funcionava como uma ONG identificada com o globalitarismo praticado pela Oligarquia Financeira Transnacional. O IPES exerceu o papel de manipulação social mediante instrumentos de controle da mídia e da informação que viabilizaram a criação do SNI (Serviço Nacional de Informações), em 1964.

Golbery era forte porque tinha ligações com o Poder Global. Tanto que, entre 1968 e 1973, foi presidente da filial brasileira da transnacional norte-americana Dow Chemical. Posteriormente, acabou promovido a presidente da empresa para a América do Sul. Eminência parda no regime militar e na área de informações, deixou a vida privada e acabou chefiando a Casa Civil nos governos militares dos legítimos Generais Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo. Em 1981, abandonou a vida pública, alegando descontentamento com o atentado terrorista no Riocentro. Golbery jogou a culpa na “linha dura” e “na comunidade de informações” que ajudou a criar.

Por ironia da História mal contada, sobre o SNI, Golbery faria, antes de morrer, aos 79 anos de idade, uma autocrítica: “Criei um Monstro”. Talvez Golbery não tenha suposto que o tal “monstro” criado por ele fora outro - e bem pior que o estrategicamente planejado por sua desvirtuada “doutrina” de segurança nacional. O nome do monstrengo é Luiz Inácio Lula da Silva. O legítimo “Filhote da Ditadura” – conforme o criticava Leonel de Moura Brizola.

Lula e seu PT foram gerados dentro da estratégia da “abertura política” definida por Golbery. A tática era neutralizar velhos líderes que voltariam do exílio, com a Anistia de 1979. Foi Golbery quem manobrou para que Ivete Vargas ficasse com o PTB, deixando Brizola sem lenço e sem documento partidário. Golbery colaborou para a futura desmoralização dos governos militares com a politicagem que ajudou a promover.

Foi o mago Golbery, criador do hoje $talinácio, quem pontificou, em uma de suas famosas frases: “Não interrompa uma pessoa que lhe conta algo que você já sabe. Uma história nunca é contada duas vezes da mesma maneira e é sempre bom ter mais uma versão”. Tal como Golbery conspiraria, Lula agora trata de redesenhar sua própria história com versões românticas, cinematográficas e distantes da realidade objetiva. O Boi de ontem, virou o Lula de hoje e – se os planos dele derem certo – será o “estadista global” de amanhã.

Tomara que a vaca do Brasil não vá para o brejo, antes de o Boi parar na ONU. O completo deleite da Oligarquia Financeira Transnacional, que comanda o fantoche barbudo, tem tudo para sacramentar nossa submissão definitiva à pretensa Nova Ordem Mundial dos Socialistas Fabianos. Assim teremos a “Geopolítica do Brasil” – uma rica colônia de exploração pós-moderna que se deixa manter artificialmente na miséria pelos poderes globalitários.

Como bem diria o Boi: “Que esterco!

PS 1 – Pobre $talinácio. Terá de engolir, a muito contragosto, Michel Temer como vice da companheira Dzahanet Abdurakhmanova. Mesmo com todo seu poder, o chefão Lula admitiu que cansou de "dar murro em ponta de faca". Ele tentou a candidatura a vice de Henrique Meirelles que acabou abortada por prudência, para que o PMDB não abandonasse a aliança com o PT. Também costurou o nome de Marcelo Crivella, sobrinho do Bispo Edir Macedo. Perdeu para a articulação do presidente do PMDB. Agora, ferrou! Se ganhar a eleição, Dilma viverá com a faca peemedebista encostada no peito.

PS 2 – Do grande malvado Tutty Vasques, alterego do Alfredo Ribeiro, no Estadão de ontem, uma séria advertência ao $talinácio:

“Se Lula continuar ironizando as multas que vem tomando por campanha antecipada, o TSE vai acabar apelando para o bafômetro”.

(*)-Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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