segunda-feira, 3 de outubro de 2011

TRAVESSIA DA LAGUNA DOS PATOS - MARGEM OCIDENTAL I

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 03 de outubro de 2011

Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações. Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente, que sustentou, por mais de nove anos contra um poderoso império, a mais encarniçada e gloriosa luta! (Giuseppe Garibaldi)

O treinamento na represa da Granja do Valente, de propriedade da família Schiefelbein, em Bagé, produziu-me um efeito salutar tanto físico como moralmente. Eu estava, definitivamente, pronto para enfrentar, mais uma vez, a “inconstância tumultuária” da Laguna dos Patos. Minha apreensão anterior em relação à preparação física, prejudicada pelos rigores do inverno “pampeano”, foi substituída pela fé e pela confiança. A rigorosa travessia, realizada em plena “Semana Farroupilha” seria uma justa homenagem ao “herói de dois mundos” Giuseppe Garibaldi.

Herói de dois mundos

Era belo e forte como um atleta, e as melenas alouradas caindo-lhe até os ombros, davam-lhe a mais romântica das aparências - uma estranha e buliçosa aparência de espadachim inquieto... (Brasil Gerson)

O Herói Farroupilha Giuseppe Garibaldi é conhecido, na historiografia, como “herói de dois mundos” por ter participado de conflitos na Europa e na América. Prestando serviço à marinha republicana, Garibaldi, recebeu a missão de construir embarcações e combater a frota imperial que patrulhava a Laguna dos Patos com o objetivo de evitar que o Porto de Rio Grande fosse tomado pelos Heróis Farroupilhas. Depois de concluir a construção dos lanchões Farroupilha e Seival no Rio São Lourenço, atravessou a Laguna dos Patos, Lagoa do Casamento e chegou à Laguna do Capivari. Determinou, então, a construção de duas grandes carretas, de 8 rodas de quase quatro metros de diâmetro cada uma.

As carretas foram empurradas Laguna do Capivari adentro e as naus, conduzidas com precisão, foram atreladas às carretas e, em seguida, puxadas para fora d’água por cem juntas de bois. No dia 5 de julho de 1839, o transporte das embarcações teve início e seguiu rumo Nordeste por mais de oitenta quilômetros, cruzando campos, terrenos alagadiços e regiões arenosas. As embarcações foram lançadas na Lagoa de Tramandaí no dia 11 de julho. A operação contou com a cumplicidade e o sigilo da população local o que garantiu o êxito do projeto. Na Lagoa de Tramandaí as embarcações foram artilhadas e cruzaram a Barra de Tramandai às 20 horas, rumo a Laguna, SC.

Professor Hélio um Samurai das Águas

Emprestei a ele um antigo caiaque fabricado pela “KTM”, modelo Anaico, que usei nas provas de águas brancas (descidas de corredeiras e quedas d’água) no Mato Grosso do Sul, final da década de 80. É um caiaque super reforçado, mas que se torna um tanto bandoleiro quando recebe vento de popa e ondas de través. No último fim de semana testamos nossas forças saindo da Raia 1 até a Ilha do Chico Manoel, perfazendo quarenta quilômetros, num intervalo de cinco horas, de ida e volta sem demonstrarmos cansaço ou perda de ritmo.

Convidei, para parceiro deste Desafio, o Professor Mestre de Educação Física do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) Hélio Riche Bandeira. O primeiro obstáculo a ser vencido pelo Professor Hélio era o domínio de um caiaque em águas turbulentas como as da Laguna dos Patos. Há duas décadas que venho apregoando que o conjunto Canoísta-caiaque tem de ser aperfeiçoado até que se tenha forjado um sistema singular e monolítico. As grandes ondas, os ventos fortes e as rajadas imprevistas, tão comuns na Laguna dos Patos, não concedem ao canoísta tempo suficiente para pensar na melhor maneira de reagir e podem, em frações de segundo, provocar um indesejado naufrágio. As reações precisam ser instintivas, rápidas, havendo necessidade de uma grande interação do conjunto Canoísta-caiaque com a natureza que o cerca, é fundamental saber interpretar o pulsar das águas e o compasso dos ventos com apurada precisão cartesiana, mas com a alma de um artista.

O Professor Hélio levou a sério os conselhos e treinou durante quase três semanas para a desafiadora jornada. A disciplina invulgar do Mestre de artes marciais aliada à sua determinação permitiu-lhe dominar a técnica da canoagem em poucos dias.

Equipe de Apoio

A previsão de ventos fortes durante todo o trajeto impediu que o Coronel PM Sérgio Pastl nos apoiasse com seu veleiro Ana Cleci. Nosso fiel amigo escudeiro, porém não nos deixou na mão e o apoio naval foi então substituído pelo terrestre. O Cel Pastl contava, ainda, com o concurso dos destacamentos da Brigada Militar existentes ao longo do percurso, da parceira Rosângela Schardosim, dos novos amigos Pedro Auso Cardoso da Rosa e sua querida esposa Vera Regina Sant’Anna Py e dos dois netos do Cel Pastl Pedro Sérgio Londero Pastl e Brian Pastl Wechenfelder.

Partida de Bagé (16 de setembro)

Saímos de Bagé depois do almoço, do dia 16 de setembro, rumo à Praia do Laranjal, em Pelotas. Contatamos o Professor Hélio, por volta das 15 horas, na Praia do Laranjal onde procuramos uma pousada para nos alojar. A Praia oferece ao visitante diversas opções de hospedagem embora careça de sinalização adequada. Os ventos fortes acima de 25 nós (45km/h) e ondas superiores a 1,5 metros prenunciavam dificuldades para o dia da largada.

Partida da Praia do Laranjal

(17 de setembro)

Fogem do vento que ruge

As nuvens aurinevadas,

Como ovelhas assustadas

Dum fero lobo cerval;

Estilham-se como as velas

Que no alto mar apanha,

Ardendo na usada sanha,

Subitâneo vendaval.

Bem como serpentes que o frio

Em nós emaranha — salgadas

As ondas s’estanham, pesadas

Batendo no frouxo areal.

Disseras que viras vagando

Nas furnas do céu entreabertas

Que mudas fuzilam, — incertas

Fantasmas do gênio do mal!

(Gonçalves Dias - A Tempestade)

Partimos às 06h15 enfrentando o mesmo Nordestão e as mesmas ondas que avistáramos no dia anterior. Felizmente as ondas de proa podiam ser vencidas pelo caiaque de meu parceiro sem grandes dificuldades técnicas, mas, em contrapartida, exigiam de nós um grande esforço físico. Em condições normais nossa velocidade cruzeiro é de 4 nós (7,2km/h), o vento de proa, porém, não permitiu sequer que chegássemos aos 2 nós. Depois de 01h15, tendo navegado apenas três quilômetros e meio, fizemos a primeira parada numa praia (31°43’15,60”S/52°11’27,48” O) onde um amistoso e carente “guaipeca” se aproximou e foi brindado com um pedaçinho de barra de cereal. As perspectivas não eram alvissareiras, nesta velocidade chegaríamos a São Lourenço somente na madrugada do dia seguinte. Descansamos e prosseguimos nossa saga confiando que a meteorologia confirmasse seus prognósticos que anunciavam ventos do quadrante Sul a partir do início da tarde. Passamos pela grande Colônia de Pescadores Z3 (31°42’04,06”S/52°09’17,97”O).

Colônia de Pescadores Z3: também conhecida como Colônia de São Pedro ou Arroio Sujo, foi fundada em 29 de junho de 1921. Alguns moradores mais antigos afirmam que a família “Costa” foi uma das primeiras a se estabelecer na região personificada pelo casal Olegário e Adelaide Costa. No início eram poucas pessoas e famílias, vivendo em casas de madeira e palha, oriundas de diversas regiões. Na primeira fase, no início do século XX, os moradores eram do Estado do Rio Grande do Sul, agricultores de cidades como Piratini, Tapes, Viamão e Rio Grande. Já numa segunda fase, a partir da década de 1950, vieram grupos oriundos do Estado de Santa Catarina, de cidades como Laguna, Itajaí, Florianópolis, entre outras. Eram pescadores. A partir da década de 1960 começaram a vir famílias oriundas de uma ilha conhecida como “Ilha da Feitoria”, localizada à uma hora de barco da Colônia Z3. Numa fase final, a partir do início da década de 1990, começaram a surgir grupos oriundos das periferias urbanas e da zona rural de Pelotas. (Ecomuseu da Colônia Z3)

Fizemos nova parada na Margem Ocidental da boca da Lagoa Pequena sem notar qualquer mudança nas condições do tempo. Depois de comunicarmos ao pessoal de apoio nossa posição e nossas preocupações partimos rumo à Ponta da Feitoria, na Ilha da Feitoria. A meio caminho uma repentina mudança nos entusiasmou, os ventos abrandaram. A alegria durou pouco e uma chuva extremamente fria nos envolveu, São Pedro de Cafarnaum, o “manda-chuva” batizava o novo canoísta.

Aportamos, às 12h30, na Ponta da Feitoria (31°41’36,50”S/52°02’22,18”O) e novamente uma doce calmaria nos empolgou. Uma pequena capelinha e umas poucas casas de pescadores compunham o bucólico cenário. Estávamos há apenas 21km de distância, em linha reta, do ponto de partida, um terço do trajeto previsto. Fotografamos os arredores e animados partimos.

Contornamos a Ponta da Feitoria e nos defrontamos, novamente, com o “Nordestão” que não perdera sua impetuosidade. Navegamos por mais de uma hora e paramos frente a uma pequena moradia onde residia o seu Fernando. Conversamos com o solitário caseiro que contou-nos seu infortúnio, naufragara o pequeno barco e o seu motor de popa estava sem condições de uso. Fernando nos informou que mais adiante encontraríamos o senhor Flávio Oliveira Botelho e que ele certamente nos providenciaria abrigo. Comuniquei ao pessoal de apoio a mudança de planos, faríamos uma parada intermediária, em decorrência do vento que não sofreara seu ímpeto. Partimos para nosso último lance e aportamos junto às belas ruínas da centenária sede da Estância Soteia (31°37’52,31”S/52°00’57,38”O) mais conhecido como Casarão da Soteia (casa com terraço), construído pelos índios guaranis, nos idos de 1780, e que remonta à época da Real Feitoria de Linho Cânhamo embora não tenha sido a sede da mesma. Apesar do triste estado em que se encontram as ruínas ainda é possível visualizar-lhe o belo terraço, de frente para a Laguna dos Patos, que lhe empresta o nome. Nenhuma árvore foi plantada na frente, voltada para a Laguna, para não comprometer a visualização a partir do grande terraço. Em volta do casarão, porém, cinco estóicas paineiras dão um toque especial ao conjunto. Essas paineiras centenárias não possuem espinhos no caule e galhos mais baixos. Algumas paineiras costumam a partir dos vinte anos de idade, com o engrossamento da casca, a perder os espinhos inicialmente na parte mais baixa do caule e com o passar dos anos a queda se estende às partes mais altas da árvore.

Real Feitoria de Linho Cânhamo (1783-1789): instalada, em 1783, na região de Canguçu velho, município de Canguçu, sob a inspeção do Padre Francisco Xavier Prates, acompanhado de Antonio Gonçalves Pereira de Faria, um Furriel para Almoxarife, quatro soldados europeus, e quarenta escravos de Sua Majestade trazidos, do Rio de Janeiro, para trabalhar no cultivo e industrialização das duas plantas têxteis. Estes produtos, na época, eram empregados na fabricação de cabos e velas para embarcações.

O nome do município de Arroio do Padre tem origem em um acidente ocorrido com o Padre Francisco. Conta a tradição que o Padre e seu cavalo foram arrastados pelas águas do arroio e que ele só se salvou do afogamento porque conseguiu agarrar-se a alguns galhos. Desde então, o local ficou conhecido como Arroio do Padre. O Padre Francisco faleceu em 1784, a Feitoria, a partir de sua morte entrou em franco declínio, tendo em vista a pouca produtividade das colheitas, até ser transferida para São Leopoldo. Seu irmão Paulo Xavier Rodrigues Prates tornou-se mais tarde proprietário da região da cidade de Canguçu, da ilha da Feitoria e de todo o primitivo Rincão do Canguçu.

Leváramos o dobro do tempo previsto para percorrer pouco mais de 30km e seguramente a energia suficiente para percorrer 90km.

Nobre cardápio crioulo das primitivas jornadas,

Nascido nas carreteadas do Rio Grande abarbarado,

Por certo nisso inspirado, o xiru velho campeiro

Te batizou de “Carreteiro”, meu velho arroz com guisado.

(Jayme Caetano Braun)

O senhor Flávio Oliveira Botelho havia sugerido, inicialmente, que ocupássemos uma instalação ao lado do grande casarão e mencionou que precisava tirar um gato morto de lá antes de nos instalar-nos. Ao verificar que nossas embarcações eram simples caiaques o bom homem se comoveu, levou-nos para sua casa e brindou-nos com suas encantadoras histórias e um saboroso carreteiro permitindo ainda que usássemos as camas de sua moradia. Na propriedade existe a mais bela figueira que já tive a oportunidade de admirar, segundo o Sr. Flávio ela já foi fotografada para constar de calendários de Pelotas e São Lourenço. Foi uma noite agradável onde tivemos, graças à acolhida do senhor Flávio, a possibilidade de recuperar nossas energias para a empreitada do dia seguinte.

Partida do Casarão da Soteia

(18 de setembro)

Depois de uma boa noite de sono na casa do seu Flávio partimos, às 07h15, para São Lourenço. As condições meteorológicas haviam melhorado significativamente e fizemos três paradas estratégicas para poder observar as belezas naturais, em especial as frondosas figueiras e as belas orquídeas que emprestavam suas belas formas e cores aos troncos retorcidos arrebatados das margens pela fúria das águas da Laguna. Avistamos, ao longe, São Lourenço por volta das 11 horas e a partir daí até nossa chegada, por volta das 13 horas, as tainhas saltavam graciosamente à frente das embarcações projetando seus belos, esguios e hidrodinâmicos corpos prateados sobre a linha do horizonte. Avistamos a Rosângela, o Cel Pastl e seus dois netos Pedro Sérgio Londero Pastl e Brian Pastl Wechenfelder que nos esperavam na foz do Rio São Lourenço (31°22’41,35”S/51°57’58,27”O).

Pérola da Laguna

Em São Lourenço degustamos o precioso churrasco preparado pelo Cel Pastl no acampamento montado no Iate Clube, depois da refeição arrumamos nossos pertences. O Professor Hélio permaneceu no acampamento e eu fui para a Pousada da Laguna Apart Hotel reservada pela Rosângela. A confortável Pousada é a única que concede desconto de 50% para idosos e graças a isso pude aproveitar essa rara regalia. Depois de um reconfortante banho fomos conhecer a aprazível cidade com suas belas casas e a bela orla à margem esquerda do São Lourenço.

A origem do Município remonta ao final do século XVIII, quando a coroa portuguesa distribuiu terras nas margens da Lagoa dos Patos a militares que se destacaram nas guerras contra os espanhóis. Os proprietários erigiram capelas em devoção aos seus santos prediletos. Em 1807, os moradores da Fazenda do Boqueirão construíram a capela de Nossa Senhora da Conceição, ao redor da qual desenvolveu-se o povoado que é o berço do município. Em 1830, o povoado da Fazenda do Boqueirão, foi elevado à Freguesia, por Dom Pedro I, sendo desmembrado da Vila de Rio Grande e incorporado à Vila de São Francisco de Paula, atual Pelotas.

Na Fazenda de São Lourenço, sita na margem esquerda do arroio do mesmo nome, foi edificada em 1815 uma capela devotada a São Lourenço. No Arroio São Lourenço, o italiano Giuseppe Garibaldi, a serviço da República Riograndense, improvisou o estaleiro onde foram construídos os dois lanchões armados usados para combater a frota imperial baseada na Lagoa dos Patos e empregados mais tarde na expedição farroupilha à Laguna. As águas rasas do arroio serviam de refúgio para a flotilha farroupilha, sempre que ameaçada pelo maior poder de fogo dos barcos imperiais. São Lourenço foi palco de vários combates entre o exército farroupilha e o imperial.

Em 1850, o Coronel José Antonio de Oliveira Guimarães, doou parte das terras da fazenda para uma nova povoação e, em 1858, firmou contrato com o prussiano Jacob Rheingantz, para o estabelecimento de colonos alemães na região. O pequeno porto localizado na embocadura do Arroio São Lourenço, tornou-se então um dos mais importantes portos de veleiros mercantes do sul do Brasil, contribuindo para o progresso da colônia que foi grande produtora de batata durante o século XIX e parte do século XX.

A casa onde Rheingantz instalou a administração da colônia e a sua residência, está preservada e integrada ao patrimônio arquitetônico do Município. Muito embora a Freguesia de Boqueirão tenha sido elevada à condição de vila e emancipada de Pelotas em 26/4/84, a sede do novo município foi transferida em 15/2/1890 para São Lourenço, promovida então a vila. Em 31/3/1938 passa a ser cidade. (www.saolourencodosul.rs.gov.br)

Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da “Travessia da Laguna dos Patos I (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false
.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM); Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

Blog: http://desafiandooriomar.blogspot.com

E–mail: hiramrs@terra.com.br

Nenhum comentário: