segunda-feira, 12 de julho de 2010

LOGO DA COPA OU DO ParTido? - II

Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS

O logotipo da Copa de 2014 continua causando indignação. Seu feio e óbvio formato de Copa verde-amarela parece sugerir que seus criadores estão contando como certa a vitória da seleção brasileira. O formato lembra, ainda, uma face encoberta por uma mão, envergonhada diante da violência e dos inúmeros desvios de conduta moral que assolam a nação ou as mãos de meliantes roubando a taça.

Talvez o mais polêmico item do famigerado símbolo seja um 2014 vermelho que deveria, se não conhecêssemos os meandros do poder, representar a cor do continente americano, caso seus criadores tivessem importado a cor que representa a América do símbolo olímpico ou, como aludem alguns amigos, procurando achar uma justificativa plausível, que a cor vermelha compõe o Brasão da República. Certamente a intenção dos artífices não foi homenagear o continente americano nem as cores de quaisquer símbolos nacionais, mas deixar gravado para a posteridade a marca do ParTido político do presidente que trouxe a Copa para o Brasil, e que aprovou o ‘logo’ mais horrendo e menos nacionalista de todas as Copas Mundiais.

A análise dos logotipos das demais copas mostram que os países sede fizeram questão de representar, orgulhosamente, ao contrário de nossos ‘designers’, as cores de suas bandeiras neles.

Vergonha

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 10 de julho de 2010

Hoje, ao ver o símbolo (logotipo) da Copa do Mundo, que teremos a ingrata missão de sediar, criado pelo governo do PT, quase fomos às lágrimas. Lá estavam o verde, o amarelo e o branco, mas o azul? Cadê o azul? De onde saiu o vermelho?

O ano do evento, nada mais natural, para não dizer obrigatório, que ele fosse ornado com a bela cor azul, completando - se no logotipo o arco - iris das belas cores que ilustram a nossa Bandeira.

No início um estupor, depois a indignação, a seguir uma tristeza imensa, dorida, impotente

A que ponto chegamos; a que ponto eles chegaram.

Deplorável, medonho, incrível, lamentável.

Sim, a que ponto chegamos. Como podemos admitir a conspurcação do mais lídimo símbolo nacional?

Sim, a que ponto eles chegaram.

Deles, nada a estranhar, pois tantas já aprontaram, e pelo tenebroso acinte, muitas desconsiderações haveremos de engolir.

Recentemente, a ‘metamorfose ambulante’ sentenciou, em ato público, que não temos heróis. Este é o processo de desconstrução da Pátria, aos poucos, solerte, e nas entrelinhas.

Pobres de nós, sempre surpreendidos por violentos socos em nossa dignidade, na nossa brasilidade, sem que se ouça, nada além de gemidos esparsos, envergonhados, tímidos.

Do nosso jardim de há muito arrancaram as rosas, as orquídeas, as viçosas flores que nos encantavam e, certamente, encantariam as nossas futuras gerações. No seu lugar, lúgubres e retorcidas urzes.

Ainda não invadiram as nossas casas, mas em breve invadirão.

Invadiram as nossas mentes e, provavelmente, os nossos olhos, pois ao mirarmos o resplandecente céu azul que ornamenta a nossa querida Bandeira, no seu lugar, pasmem, vemos uma imensa mancha vermelha.

Que vergonha. Pra onde foi o céu da nossa terra? Escamoteado?

A cada dia uma desdita, a cada momento uma tristeza, a cada instante um novo temor pelo que virá.

Por favor, afastem de nós este cálice.

Mesmo o povo brasileiro, fã incondicional de brincadeiras e folguedos, inconseqüente por vezes, desatento amiúde, nem ele, na sua cínica inocência merece ver tão vilipendiado e desprestigiado o azul de sua Bandeira.

Meu senhor, que vergonha.

Quantas desventuras a mais teremos que suportar, diante da ganância, diante do total despudor de indivíduos e grupelhos capazes de desvirtuar os símbolos mais caros de uma nação, simplesmente para dar a vazão às suas míseras e retrógradas crenças ideológicas.

- ‘Por favor, afastem de mim este cálice’.

Lamentou – se o cidadão ao ver, sem acreditar, o alienígena logotipo”.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br

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