Alguns usam o termo realismo para descrever uma situação na qual nosso país precisa agir defendendo acima de tudo os seus interesses econômicos ("negócios são negócios") e ideológicos (no sentido marxista e gramcista da coisa). Podemos apertar a mão de um ditador por aqui, fazer cafuné num genocida acolá, e tomar chá com um terrorista às cinco.
É correto defender interesses próprios? A resposta para tal pergunta não pode ser redigida nem realizada de forma absoluta. Há princípios envolvidos, até mesmo um utilitarista materialista evolucionista percebe que uma dose de ideais elevados é necessária para a convivência entre pessoas e nações.
Chamberlain desejava a paz. Rebolou, fez tratos amigáveis com o bigodudo nazista, talvez até tenha tomado um cafezinho com ele, quem sabe? O resultado disso tudo é desnecessário comentar, aperte a mão aqui e o botão do incinerador de gente é apertado por lá. Desejar a paz não é errado, mas submeter a noção moral de nossa civilização a esse desejo é. Pode esticar o raciocínio para o lado da economia e do desenvolvimento se quiser, e as consequências são óbvias.
Há momentos em que os interesses de uma nação devem ser submetidos a uma noção específica de Ordem (no sentido Voegeliniano do termo). E na nossa civilização ocidental, judaico-greco-cristã (queiram ou não, isto é fato), não dá para ficar alisando cabeça de genocida.
Temos uma Ordem existencial que fundou e ainda nutre nossa civilização. A Vida é um valor absoluto? Sim! Os abortistas podem sapatear e babar, agitando seus fetos despedaçados em clínicas açougueiras, mas a Vida ainda é um valor absoluto e concretíssimo!
O próximo é nosso irmão? Sim! Falharam alguns protestantes e católicos omissos na época da segunda guerra mundial que ousaram esquecer aquela definição de Tomás de Aquino, na qual ele colocava como membros da Igreja em potencial toda a humanidade existente. Mas não temos a desculpa de falharmos novamente em nossa época, cristãos ou não-cristãos, a lição já deveria ter sido apreendida. No outro está a centelha consciente e divina, a Imago Dei, isso é parte do nosso legado existencial como civilização.
Os valores são reais? Existe a Realidade? Ela pode ser captada de forma objetiva, dentro de certos limites, mesmo que carregada com uma dose de subjetivismo e exposta às nossas imperfeitas definições conceituais? Sim, ela existe e está aí na cara de todo mundo.
É totalmente real que o fato de que virar amiguinho de ditadores e governantes que prometem exterminar outros povos é um crime hediondo. É o crime que nosso governo faz, eleito por nossa gente brasileira, deitada eternamente em berço esplêndido enquanto terroristas deitam foguetes e balas em cima de civis estrangeiros.
É crime real ser "cumpanhêro" de terroristas sequestradores e narcotraficantes que enfiam cocaína no nosso país e massacram vidas e famílias, tudo com o consentimento político. É maldade real, nua e crua, dolorosamente real. E realíssima é a responsabilidade do Brasil nessa questão, assim como a culpa do povo por eleger esse tipo de gente.
Se você vota nesse tipo de gente, você faz parte do clube... entende?
Preciso repetir. Se você vota nesse tipo de gente, você é tão bom quanto um alemão que apoiava Hitler, mesmo sem pegar numa arma para atirar nas cabecinhas de alguns judeus...
do blog do Hélio Angotti Neto
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