NOSSA FUTURA PRIMEIRA DAMA
MONICA SERRA
Ali só entram as mais básicas (e clássicas) das peças.
Teria para isso empregados, cozinheiras, arrumadeiras, governanta e profissionais encarregados das compras para a despensa. Mas Monica se recusa a sair da casa da família, no Alto de Pinheiros. Também poderia buscar seus terninhos no exterior ou encomendá-los de estilistas famosos, como fizeram suas antecessoras Sylvia Maluf, que se abastecia em Paris. Sylvia Monica Allende Serra surpreende pelos hábitos simples.
Com os oculosinhos vermelhos que comprou numa farmácia no Chile há sete anos e já se tornaram sua marca registrada, é uma espécie de antiprimeira-dama. Seu cabelo, preto e muito liso, foi mais longo quando vivia no Chile.
"Eu tinha um cabelão", lembra. "Só cortei mais tarde aqui no Brasil porque me perguntaram se eu era crente. Nunca havia pensado que comprimento de cabelo pudesse ter algo a ver com religião."
Desde que deixou o palco do Balé Nacional do Chile, no fim dos anos 60, Monica dedicou-se à vida acadêmica. Nos últimos trinta anos, enquanto Serra, a quem chama de Zé, ocupava cargos públicos e disputava diferentes mandatos – e olhe que não foram poucos –, ela construía uma sólida carreira em salas de aula.
Sempre preferiu observar de longe o marido na política.
"Nunca abandonei nada pelo Zé, nem ele por mim. Sempre nos apoiamos", afirma.
Seu currículo inclui mestrados nas universidades Cornell e Hahnemann, nos Estados Unidos, e um doutorado em psicologia pela Universidade de São Paulo.
É professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e assessora pedagógica na FMU.
Atualmente, trabalha num gabinete no Parque da Água Branca, como presidente do Fussesp, abreviação do novo e longo nome da entidade que dirige, o Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo.
"Nossa linha não é assistencialista", diz. "Queremos criar condições para que as pessoas carentes aprendam um ofício e se tornem independentes, o que vai lhes conferir auto-estima, tão fundamental para seguir adiante na vida."
Está desenvolvendo seis novos programas que, além de priorizarem a saúde, a educação e a qualidade de vida, têm como objetivo resultar em trabalho e renda.
"Monica é uma mulher que trabalha muito e de um jeito discreto", disse a amiga e ex-primeira-dama Ruth Cardoso. "Consegue imprimir sua marca às coisas.
Como primeira-dama do estado, ela poderia morar na ala residencial do Palácio Bandeirantes, onde o governador José Serra trabalha, e não se preocupar durante pelo menos quatro anos com os afazeres domésticos. Teria para isso empregados, cozinheiras, arrumadeiras, governanta e profissionais encarregados das compras para a despensa. Mas Monica se recusa a sair da casa da família, no Alto de Pinheiros. Também poderia buscar seus terninhos no exterior ou encomendá-los de estilistas famosos, como fizeram suas antecessoras Sylvia Maluf, que se abastecia em Paris. Sylvia Monica Allende Serra surpreende pelos hábitos simples.
Com os oculosinhos vermelhos que comprou numa farmácia no Chile há sete anos e já se tornaram sua marca registrada, é uma espécie de antiprimeira-dama. Seu cabelo, preto e muito liso, foi mais longo quando vivia no Chile.
"Eu tinha um cabelão", lembra. "Só cortei mais tarde aqui no Brasil porque me perguntaram se eu era crente. Nunca havia pensado que comprimento de cabelo pudesse ter algo a ver com religião."
Desde que deixou o palco do Balé Nacional do Chile, no fim dos anos 60, Monica dedicou-se à vida acadêmica. Nos últimos trinta anos, enquanto Serra, a quem chama de Zé, ocupava cargos públicos e disputava diferentes mandatos – e olhe que não foram poucos –, ela construía uma sólida carreira em salas de aula.
Sempre preferiu observar de longe o marido na política.
"Nunca abandonei nada pelo Zé, nem ele por mim. Sempre nos apoiamos", afirma.
Seu currículo inclui mestrados nas universidades Cornell e Hahnemann, nos Estados Unidos, e um doutorado em psicologia pela Universidade de São Paulo.
É professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e assessora pedagógica na FMU.
"Nossa linha não é assistencialista", diz. "Queremos criar condições para que as pessoas carentes aprendam um ofício e se tornem independentes, o que vai lhes conferir auto-estima, tão fundamental para seguir adiante na vida."
Está desenvolvendo seis novos programas que, além de priorizarem a saúde, a educação e a qualidade de vida, têm como objetivo resultar em trabalho e renda.
"Monica é uma mulher que trabalha muito e de um jeito discreto", disse a amiga e ex-prim que faz", acrescenta.
"Ela é sensível aos problemas sociais e jamais será contaminada pelas honrarias do poder", afirma outra amiga, a empresária Cosette Alves.
FRÍVOLAS, VAIDOSAS, INÚTEIS
MAS CAMINHA LADO A LADO COM SEU MARIDO
MONICA DISCURSANDO NO LANÇAMENTO DA CAMPANHA SOBRE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
Sylvia Mónica Allende Ledezma é filha de um engenheiro e de uma pedagoga e diretora de escola. Católica, foi educada em um colégio de freiras. No fim de cada ano, sua mãe costumava levar Mónica e seus irmãos a um hospital para entregar roupas e toalhaspobres.
Apesar do sobrenome, não se considera parente nem do ex-presidente do Chile, Salvador Allende, nem da escritora Isabel Allende.[1] bordadas por elas mesmas a pacientes
Mónica e José Serra conheceram-se em dezembro de 1966, durante uma festa na capital chilena. Ele era então um jovem economista e político exilado pela ditadura militar no Brasil e ela, uma bailarina integrante do Ballet Nacional Chileno, uma das extenções artísticas da Universidade do Chile.
Casaram-se no ano seguinte e tiveram dois filhos, a advogada Verônica e o administrador de empresas Luciano.
Como ele estava exilado, Mónica viajou sozinha para o Brasil para conhecer a família de seu marido, em 1968, a qual a aceitou bem.
Quando o golpe militar de 1973 derrubou o governo de Salvador Allende e levou Augusto Pinochet ao poder, a família foi obrigada a se asilar.
De acordo com Mónica, seu sobrenome, por ser o mesmo do presidente deposto, não facilitava as coisas, e seu irmão chegou a jogar fora sua carteira de identidade.
Partiram então para países como Argentina, Itália e França até se instalarem nos Estados Unidos, onde permaneceram por cerca de seis anos.[1]
Obteve nacionalidade brasileira no ano de 1999.
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