O brasão da Sede
vacante, usado pela Santa Sé da morte
do Papa para a eleição de seu sucessor.
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
SEDEVACANTISMO
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Sedevacantismo é a posição defendida por uma minoria resoluta de católicos
tradicionalistas que afirmam que a Santa Sé está vaga desde a morte do Papa Pio XII, em 1958,
ou de Angelo Roncalli João XXIII em 1963.
Entretanto, nem todos os tradicionalistas são sedevacantistas, exemplo é a Fraternidade
Sacerdotal São Pio X.
Sedevacantistas
acreditam que Paulo VI (Giovanni Battista Montini, 1963-1978),
João Paulo I (Albino Luciani, 1978),
João Paulo II (Karol Wojtila, 1978-2005)
e Bento XVI (Joseph Ratzinger, desde 2005)
não foram católicos verdadeiros nem, portanto, papas
legítimos, em virtude de, alegadamente, terem abraçado a heresia do modernismo,
ou de terem negado ou contrariado solenemente dogmas católicos
definidos. Alguns deles classificam Roncalli (1958-1963)
também como um antipapa modernista.
Segundo o
livro Men
of a Single Book, de Mateus Soares de
Azevedo, “O concílio Vaticano Segundo permitiu que a nova ideologia
humanista do ‘progresso’, ciência e tecnologia invadisse os sacros limites
antes reservados para o conhecimento e o amor de Deus”. Mas, desde que a
religião nunca pode ser um suporte para a mentalidade materialista como
estruturada pela Renascença e o Iluminismo, e de fato está em completa oposição
a ela, os chefes do concílio buscaram uma pacto e uma acomodação com a
mentalidade moderna. Tal meta constitui, contudo, uma clara traição do espírito
cristão. Muito antes do Vaticano II, ainda na década de 1920, René Guénon
escreveu: qualquer compromisso entre o espírito religioso e a mentalidade
moderna enfraqueceria o primeiro e só beneficiaria a segunda, cuja hostilidade
não seria por isso diminuída, dado que o modernismo almeja a aniquilação total
de tudo que, na humanidade, reflete uma realidade superior a ela mesma (in: A
Crise do Mundo moderno). Palavras proféticas. O principal arquiteto desta
revolução dentro da igreja foi o jesuíta francês Teilhard de Chardin;
ele foi o ‘elo perdido’ entre o Renascimento, o Iluminismo e o Vaticano II. Com
seu evolucionismo panteísta com verniz cristão, Teilhard dizia que Cristo
representou um grande 'salto evolutivo' e que Deus também está sujeito à
'evolução'! Seu ‘testamento intelectual’ pode ser resumido num extrato de seu
livro Cristianismo e Evolução (p.99): 'Se, como resultado de alguma revolução
interior, eu perdesse sucessivamente minha fé em Cristo, minha fé no Deus
pessoal e a fé no espírito, creio que continuaria a crer de forma invencível no
mundo. O mundo, seu valor, sua bondade, sua infalibilidade, é isso, ao final
das contas, a primeira, a última e a única coisa em que creio.' Não é sem razão
que um comentário espirituoso diz que se Lutero foi um cristão que deixou a Igreja, Teilhard foi um
pagão que permaneceu nela!"[1]
O termo
"sedevacantismo" é derivado da frase em latim
sede vacante, que significa literalmente
"a cadeira vaga", onde a cadeira em questão é a de um bispo.
A utilização específica da frase está no contexto da vacância da Santa Sé, entre a morte ou renúncia de um Papa e
a eleição de seu sucessor. Para os sedevacantistas,
a Igreja Católica não
tem atualmente um Papa para governá-la e guiar.
Alguns
pequenos grupos de católicos tradicionalistas, oriundos do sedevacantismo, têm
a sua alternativa própria: elegeram e reconheceram um dos seus como o
verdadeiro e legítimo Papa. Devido ao facto de eles afirmarem que a Santa Sé é
dirigida pelo seu candidato, eles não são sedevacantistas em sentido estrito,
por isso são chamados de "conclavistas".
No entanto, o termo "sedevacantista" é também frequentemente aplicado
a eles, porque eles rejeitam a atual sucessão papal aceite pela Igreja
Católica, pelas mesmas razões do que os sedevacantistas.
Referências
2. Ver também
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