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Ecoteologia da libertação: marxismo + "religião" |
O
ex-frei franciscano Leonardo Boff vem sendo promovido como um dos principais
propagadores da teologia da liberação agora reciclada em eco teologia marxista
com cores acentuadamente verdes e panteístas.
Boff
participa do esforço de reformulação do enferrujado marxismo numa nova
filosofia que recolhe os postulados mais radicais de Karl Marx e os amalgama
com os dogmas básicos do ambientalismo radical numa nova religião.
Qual
é o conteúdo desta profunda metamorfose?
O
próprio Boff encarregou-se de fornecer alguns avanços desta nova-velha Teologia
da Libertação verde-vermelha, segundo informou a agência ACI.
No
Congresso Continental de Teologia, realizado sob os auspícios da UNISINOS, em
São Leopoldo, RS, de 7 a 11 de outubro deste ano, o ex-frei definiu alguns dos
parâmetros essenciais dessa teologia eco marxista.
Boff
relembrou o básico: a “marca registrada” de Teologia da Libertação é “a opção
pelos pobres, contra a miséria e a opressão”, no contexto da luta de classes.
Mas
ele encaixou nesse chavão o componente verde. O leitor tal vez ache que os
seguintes pensamentos do eco teólogo marxista são produtos de algum delírio, ou
de uma embaralhada insensata de letras provocada involuntariamente por algum
sistema informático. Mas não é nada disso.
“Dentro
dessa opção pelos pobres, explicou Boff, é preciso inserir o grande pobre que é
a Mãe Terra, que é Pachamama [a deusa dos povos andinos incubada na terra], é a
Magna Mater, é a Tonantzin, é a Gaia, é o grande pobre devastado e oprimido”.
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Lula gigante habitada pelo "espírito" substituiria a humanidade que seria expelida da Terra: devaneios panteístas da "ecoteologia", ou nova "religião verde" |
Entramos
assim de cheio na nova luta de classes segundo a “religião verde”. Para o eco
teólogo, “esse organismo que chamamos Terra y da qual fazemos parte” pode, a
qualquer hora, “nos expulsar como se fossemos células cancerígenas”. Seria o
fim da humanidade.
Ainda
segundo este visionário profeta da “religião” verde, a “Mãe Terra” estaria
preparando um novo ser capaz de “receber o espírito”.
Esse
“novo homem” – alias, assaz diferente dele – não seria outra coisa senão uma
lula gigante.
O
disparate suscita de imediato o riso ou convida a interromper a leitura. Esse
ser que evoca certos deuses da Índia, mistura de homem e animal, estaria mais
perto de certas representações diabólicas clássicas.
Seria um singular avatar gerado
pelas entranhas do averno material mas habitado por um "espírito"
vindo de não se sabe onde.
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Leonardo Boff: profeta de um mundo verde irracionalpovoado de entes de conotações demoníacas |
A Terra se assemelharia a uma “deusa-Mãe” cruel
disposta a exterminar a humanidade e, a seguir, comunicaria o 'espírito' que
jaz nas suas profundezas a uma sorte de 'deus-demônio' repulsivo. Teoria
verdadeiramente a-científica, anticristã e carregada de concepções pagãs.
Explicando a nova teologia verde, o religioso
renegado disse que o extermínio da humanidade resgataria a “Mãe Terra” que
“está crucificada e é tarefa nossa descê-la da cruz, como fizemos durante
décadas com os pobres”. Boff se autodenomina “eco teólogo de matriz católica” e
defende com acentos subversivos que “o grito da terra é grito dos pobres e
grito dos pobres é o grito da terra, nossa Mãe Terra”.
E insistiu para afastar dúvidas: “não só os pobres
gritam, gritam as águas, gritam as árvores, gritam os animais, gritam os
ventos, a terra grita”.
Em poucas palavras é marxista enquanto
ambientalista e ambientalista enquanto marxista. Os dois movimentos seriam duas
faces de uma mesma moeda, na mente da eco teologia da libertação.
Para Boff, “o universo é autoconsciente” como se
tivesse alma bem como acreditavam as velhas concepções gnósticas e panteístas.
A Terra martelou ele: “começou a pensar, sentir e
amar”, sem nunca explicar de onde tirou semelhante estapafúrdio.
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O espírito divino panteísta teria se revelado em religiões pagãs,segundo a ecoteologia da libertação. Na foto: santão da Índia |
O
devaneio panteísta leva o ex-frei a entender o Deus Uno e Trino da Igreja
Católica como “a grande energia fundamental” impessoal.
Ele
pediu revisar o conceito de Revelação, sustentando que houve muitas revelações
de Deus na história.
Portanto,
deve se abandonar a ideia de converter os pagãos. Muitas revelações pagãs atribuídas
ao demônio seriam manifestações da Mãe Terra, deusa panteísta.
“Deus
chega sempre antes dos missionários e sempre age antes que eles”, explicou
parafraseando o comuno-tribalismo mais radical.
Em
consequência, o “catolicismo atual” só mereceria sobreviver se se reformula e
entra em harmonia com o deus ex-machina “Mãe Terra” que ele e os teólogos da
libertação “aggiornati” estão revelando ao gênero humano.
Entre
os participantes do evento em São Leopoldo também estavam o sacerdote peruano
Gustavo Gutiérrez, considerando pai da teologia marxista da libertação, Jon
Sobrino, e o bispo de Jales, D. Luiz Demétrio Valentini.-> in O que está acontecendo na América Latina?
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