quarta-feira, 3 de outubro de 2012
ITÁLIA PODE DAR TROCO AO BRASIL E AO STF NO CASO BATTISTI, DANDO ASILO A PIZZOLATO, CONDENADO NO MENSALÃO
A
Itália tem tudo para dar o troco no governo brasileiro e no Supremo Tribunal
Federal por causa da concessão de asilo político ao ex-terrorista Cesare
Battisti. Se for acionado, o governo italiano dará asilo político a Henrique
Pizzolato – réu já condenado no julgamento do mensalão e que se encontra fora
do Brasil desde julho, segundo a Polícia Federal. O ex-diretor de marketing do
Banco do Brasil poderia se beneficiar de sua também "cidadania
italiana" (igualzinho aos familiares do ex-presidente Lula). Agora, pode
se aproveitar disto para não ser preso aqui por crimes de corrupção passiva,
peculato e lavagem de dinheiro.
Militante
da ala sindical do PT e da CUT há mais de 20 anos, Pizzolato fez parte da
direção do poderoso fundo de pensão Previ. Embora eleito em 1998 pelos
funcionários do BB para o cargo de diretor de seguridade do poderoso fundo de
pensão, nas rodinhas petistas, comenta-se que o padrinho estratégico dele neste
“emprego” foi José Dirceu. Pizzolato ganhou notoriedade no partido por ter
trabalhado intensamente na campanha presidencial de Lula, em 2002, na área de
administração e captação financeira.
Nessa
vitoriosa missão, Pizzolato foi parceiro do tesoureiro Delúbio Soares. Os
dois cuidaram da gestão dos recursos de campanha. No processo do
Mensalão, Pizzolato foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por ter
recebido R$ 336 mil do valerioduto e autorizado um adiantamento de R$ 73
milhões do fundo Visanet para a DNA, a agência de Marcos Valério que tinha
contrato de publicidade com o BB. Pizzolato antecipou sua aposentadoria como
funcionário de carreira do BB por causa do processo do Mensalão.
O
defensor de Pizzolato chegou a anunciar anteontem que ele voltaria ao Brasil em
tempo de votar na eleição municipal do próximo domingo. O advogado Marthius
Sávio Cavalcante Lobato alega que seu cliente não fugiu e que estaria na Europa
resolvendo problemas familiares. Lobato prometeu que Pizzolato retornaria ao
Brasil na sexta-feira. Pizzolato não é achado por oficiais de Justiça sempre
que o procuram nos três endereços que apresenta, no Rio de Janeiro, em
Florianópolis (SC) e em Campinas (SP).
Na
sexta-feira ficarão claras as intenções de Pizzolato. Se ele realmente retorna
ao Brasil ou se vai ficar quietinho em algum lugar da Europa, de preferência na
Itália, que pode acolhê-lo, até o julgamento final do Mensalão e sua polêmica
fase de recursos – o que só deve acontecer a partir do começo do ano que vem. |/ imagens de Cesare Battisti e Pizzolato da Internet via Google montagem PVeiga \|
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3 comentários:
Não tenho que um hopotético asilo da Itália a Pizzolatto equivalha a "um troco" ao Brasil por ter dado asilo a Battisti.
Tal ato significaria fazer papel de otário: agir em represália com um favor. A petralhada adoraria.
O governo Italiano odiou que o Bradsil acolheu um bandido deles condenado por quatro homicidios e portanto nao deve fazer o mesmo que o Brasil fez, seria um contra-senso se o fizesse.
Concordo com o Klauber.
Há uma diferença crucial nos dois casos. Se no primeiro, o governo italiano tinha/tem interesse na extradição de Battisti, no segundo, não se pode assegurar o mesmo do governo petista, mais interessado, talvez, em livrar os condenados do mensalão de punição no país.
E, demais disso, nunca um ato, mesmo similar, do governo italiano, no sentido de uma suposta retaliação, resolveria o problema de um criminoso homicida julgado pela Justiça daquele país conseguir guarida no Brasil, por motivos puramente ideológicos. Não creio, assim, que tal medida satisfaria o governo e o povo da Itália.
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