Carlos Lacerda morreu no dia 21 de maio de 1977-Reprodução/Internet |
quinta-feira, 12 de julho de 2012
A ENTREVISTA DE CARLOS LACERDA QUE DERRUBOU A CENSURA
Em 22 de fevereiro de 1945 uma entrevista de Carlos Lacerda entraria para a História. Entrevistando o influente político José Américo para o jornal “Correio da Manhã”, do Rio de Janeiro, Lacerda decreta o fim da censura à imprensa no Estado Novo, o que enfraquece significativamente, a ditadura de Getúlio Vargas.
Lacerda foi jornalista, político e lutou contra a ditadura de Getúlio Vargas. Foi comunista e posteriormente lutou contra os comunistas por pensar que tal regime não é democrático.
ENTREVISTA CONCEDIDA PELO MINISTRO JOSÉ AMÉRICO AO JORNALISTA CARLOS LACERDA, DO JORNAL CORREIO DA MANHÃ, DO RIO DE JANEIRO, EM 22 DE FEVEREIRO DE 1945, ROMPENDO A CENSURA DA IMPRENSA.
Para ler a entrevista, clique no link abaixo:
Carlos Frederico Werneck de Lacerda nasceu no dia 30 de abril de 1914 em Vassouras, no Rio de Janeiro. Lacerda foi jornalista, escritor e um importante político brasileiro.
Inimigo assumido de Getúlio Vargas, Carlos Lacerda ficou conhecido pela polêmica e os discursos inflamados. Por causa de sua aparência e de sua voz forte ganhou o apelido de Corvo de seus adversários político. Lacerda foi o primeiro governador do extinto estado da Guanabara e é reconhecido até hoje como um dos maiores políticos do Brasil.
Ainda estudante, se uniu aos comunistas. Mas no final da década de 30 decidiu romper com o movimento por não considerar o comunismo democrático. A partir de então, Lacerda passou a criticar ferozmente os comunistas no país e se filiou à União Democrática Nacional.
As suas críticas se espalharam com força depois que o jornalista fundou a Tribuna da Imprensa em 1949. Lacerda usava o seu jornal para fazer oposição ao governo de Getúlio Vargas e atacar o também jornalista Samuel Wainer, que defendia o governo.
Em agosto de 1954, o político sofre um atentado no Rio de Janeiro, do qual saiu morto o Major Rubens Vaz, seu acompanhante. Ainda no hospital, Carlos Lacerda acusou o governo como responsável e em seguida publicou um artigo na Tribuna da Imprensa pedindo a imediata renúncia de Getúlio. Alguns ainda responsabilizam o deputado da UDN pelo suicídio do presidente, ocorrido em 24 de agosto de 1954.
Outro episódio inseriu Lacerda outra vez na história da política brasileira das últimas décadas. Como um dos líderes da UDN, ele não disfarçou seu descontentamento com a posse de Jango e aderiu ao golpe militar de 64. Apesar do apoio, Lacerda não ficou muito tempo do lado do governo de Castelo Branco e chegou a anunciar que iria concorrer à Presidência. Com o fim das eleições diretas, suas pretensões acabaram. Como novo opositor dos militares, Lacerda comandou ao lado de João Goulart e Juscelino Kubitschek a Frente Ampla, movimento de resistência à ditadura.
No dia 13 de dezembro de 1968, o regime militar aprovou o Ato Institucional número 5 e apertou a repressão no país. No dia 30 do mesmo mês, Carlos Lacerda teve seus direitos políticos cassados por dez anos e, uma semana depois, foi preso.
Como escritor publicou uma série de livros sobre a política brasileira, entre eles O Caminho da liberdade de 1957 e Brasil entre a verdade e a mentira de 1965. Na década de 60, Lacerda fundou a editora Nova Fronteira. Pela empresa, lançou importantes autores nacionais e internacionais.
No dia 21 de maio de 1977, Carlos Larcerda morreu com 63 anos, no Rio de Janeiro.
Fonte: Opinião e Notícia http://www.opiniaoenoticia.com.br
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