sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ABRAM MEUS OLHOS!

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 12 de agosto de 2011

Brother Sun, Sister Moon

(Donovan Philips Leitch)

Irmão Sol e Irmã Lua

Eu raramente os vejo

Raramente ouço sua música

Preocupado com meus desalentos

Irmão Vento e Irmã Ar

Abram meus olhos

Para o que é puro e correto

Que eu possa ver

A Glória ao meu redor

Eu sou uma criatura de Deus

Dele eu sou parte

Eu sinto o seu Amor

Despertando meu coração

Irmão Sol e Irmã Lua

Agora os vejo

Eu posso ouvir sua melodia

Apaixonado que estou

Com tudo o que percebo

Eu sou uma criatura de Deus

Dele eu sou parte

Eu sinto o seu Amor

Despertando meu coração

Irmão Sol e Irmã Lua

Agora os vejo

Eu posso ouvir sua melodia

Apaixonado que estou

Com tudo o que percebo

(http://www.youtube.com/watch?v=nr7a99s3rHQ)

Volta e meia as decepções com as criaturas terrenas nos fazem volver os olhos para o Criador Celestial. Cada vez que sou golpeado pela incompreensão de meus alunos ou de seus pais, pelo desrespeito daqueles para quem trabalho ou da ingratidão dos que para mim já trabalharam sinto um torpor apoderar-se de minha alma e busco, solitariamente, refúgio nas minhas mais gratas recordações. Nestas tormentosas oportunidades, o Grande Arquiteto do Universo com sua extrema compaixão me aponta o caminho através de sutis mensagens.

São imagens, textos que recebo de amigos, reportagens ou filmes que trazem uma mensagem de apoio, de fé e de esperança em melhores dias. Nesta última semana assisti, pela enésima vez, em duas oportunidades, o filme dirigido por Franco Zeffirelli, “Irmão Sol, Irmã Lua”, lançado em 1972. A crítica achou, na época, que Zeffirelli havia transformado São Francisco de Assis em uma espécie de “Hippie”, os amantes da sétima arte, porém, consideraram o filme como a melhor obra do consagrado diretor de “Romeu e Julieta” e “A Megera Domada”. O belo musical é impregnado de uma energia especial pelas belíssimas canções de Donovan Philips Leitch que por si só já justificariam assistirmos a reprise.

– Encontro com o Papa Inocêncio III

Os antigos cronistas afirmam que Francisco e seus seguidores foram a Roma para obter, do Papa, a autorização para a fundação de sua Ordem. A Ordem defendia a “Regra Primitiva”, isto é, prescrevia pobreza absoluta para os monges e para a Ordem em consonância com a vida de Jesus Cristo e seus apóstolos narrada nos Evangelhos. Os monges sujos e maltrapilhos foram ridicularizados pela corte de Inocêncio III, que mandou não aborrecê-los com sua Regra considerada, por eles, intransigente e impraticável, e que fossem pregar aos porcos.

Obedientes pregaram em um chiqueiro próximo e, depois, cobertos de lama voltaram ao papa, que decidiu recebê-los em uma audiência formal depois que se lavassem. Nesse ínterim, Inocêncio sonhou com a Basílica de São João de Latrão, prestes a ruir, sustentada por um religioso, que o Papa identificou como Francisco de Assis. Inocêncio, impressionado com a visão, finalmente autorizou a Regra.

“Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam,
nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta.

Não valeis muito mais que elas?
Considerai como crescem os lírios do campo.
Não trabalham nem fiam.
Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão
no auge de sua glória não se vestiu como eles”.(Mateus 6,26-30)

O diálogo de Francisco com o Papa Inocêncio III, no filme, é imperdível e atual. A humildade e a “pureza original” do esfarrapado monge envergonham ao próprio Papa que lhe beija os pés. Os desvairados príncipes da Igreja estremecem ante o gesto de humildade de Inocêncio que não conseguem compreender, tão acostumados ao fausto e presos à vida mundana.

– Valores

A Humanidade caminha a passos largos para o Armagedon. Não creio que o anunciado “fim dos tempos” seja através de um cataclismo físico e sim de uma tomada de consciência que recupere valores tão enaltecidos no passado como a Honra e a Verdade, onde uma palavra valia mais do que um papel timbrado assinado e registrado em cartório. Acredito que chegará a vez dos mentirosos, dos aproveitadores serem escoimados da Nova Sociedade que está por nascer. Uma Sociedade onde professores sejam respeitados e valorizados e onde a relação entre empregador e empregado seja de confiança mútua. Uma Sociedade onde não se precisará utilizar de artimanhas contratuais ou jurídicas que prejudiquem uma das partes e sim um consenso amigável que resolva as questões dentro de parâmetros Cristãos. Uma Sociedade onde os políticos cumpram as promessas de campanha e se preocupem em melhorar as condições de vida do povo que representam e não apenas a sua.

– Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da Travessia da Laguna dos Patos I (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede virtual da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link: http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Vice-Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio Grande do Sul; Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br - E–mail: hiramrs@terra.com.br

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