Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 14 de agosto de 2011
Meu Velho
(José e Piero - Versão Nazareno de Brito)
É um bom tipo meu velho
Que anda só e carregando
Sua tristeza infinita
De tanto seguir andando
Eu o estudo desde longe
Porque somos diferentes
Ele cresceu com os tempos
Do respeito e dos mais crentes
Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e o teu tempo
Seus olhos são tão serenos
Sua figura é cansada
Pela idade foi vencido
Mas caminha sua estrada
Eu vivo os dias de hoje
Em ti o passado lembra
Só a dor e o sofrimento
Tem sua história sem tempo (...)
Naquela Mesa
(Sérgio Bittencourt)
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
– Dia dos Pais
Meu pai foi e sempre será meu Mestre, meu Amigo, meu Farol. Ele me ensinou tudo que sei. O amor à natureza, às coisas simples, a tratar a todos com o mesmo respeito, a não me apegar às coisas materiais. Eu o acompanhava, fascinado, pelas coxilhas, nas caçadas de perdizes, ouvindo suas histórias e aprendendo a identificar os bandos de aves quando estes apontavam no longínquo horizonte, analisando sua formação, batida das asas e velocidade. Nas pescarias eu brincava alegremente na margem dos açudes e aprendia a fazer “esperas” para traíras e a tarrafear lambaris para o espinhel. Fui criado a campo, sem limites a estorvar meus passos, com ele aprendi a valorizar os livros, que devorava empoleirado nos galhos mais altos das árvores.
Cada vez que ouço as músicas “Meu Velho” ou “Naquela Mesa” meus olhos se enchem de lágrimas e sinto sua mão pousar carinhosamente no meu ombro. Seu exemplo de dignidade, honestidade, compaixão marcou-me eternamente e ainda hoje procuro imitar seus passos. Homenageando, hoje, o velho Cassiano, presto um tributo a todos os pais neste dia tão especial.
– Blog e Livro
Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da Travessia da Laguna dos Patos I (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.
O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede virtual da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link: http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Vice-Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio Grande do Sul; Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br - E–mail: hiramrs@terra.com.br
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