terça-feira, 9 de agosto de 2011

CRISTO RIDICULARIZADO

Recebo de minha sobrinha Patrícia cópia de e-mail que ela remeteu à diretora de redação da Revista CLÁUDIA. A imagem de Cristo foi alterada na revista, colocando ele a mão no rosto, como que envergonhado, em razão dos pecados dos padres, principalmente no que concerne à pedofilia.

Cara sobrinha, tal é recorrente. Já expus aqui uma pesquisa séria de uma universidade americana, justamente o país onde ocorrem mais desses casos, em que o número de padres pedófilos não chega a um por cento do total. Em torno de quarenta por cento é o percentual maior, composto de homens casados na faixa dos quarenta a sessenta anos. Mas o que importa é o padre, mesmo que a arrasadora maioria deles seja séria. Não sou favorável a acobertar tais casos, devendo o criminoso, padre ou não, ser julgado e, em caso de culpa provada, condenado. Mas não concordo com a generalização e o achincalhe à Igreja.

Assisti a um debate na Tevê Com, canal 36 da NET, há alguns anos, onde o assunto era o homossexualismo. Quatro debatedores: Um homossexual, uma lésbica, uma advogada favorável ao homossexualismo e um padre, mais precisamente o monsenhor Bianchini, de saudosa memória. E o repórter moderador se mostrava francamente favorável aos três. O padre contra quatro. E deram ainda, por questão de "justiça e igualdade", o mesmo tempo para cada um. Não é necessário ser um Einstein para comprovar que aquilo foi uma armadilha para o padre.

O homossexual, ao iniciar a sua fala, começou a atacar a Igreja Católica no que concerne à Inquisição. Isto também é recorrente. Monsenhor se saiu bem, no pouco tempo de que dispôs. Disse: O debate é homossexualismo ou Inquisição? Se quiserem fazer um programa sobre Inquisição, venho defender a Igreja. Mas não parece ser aqui o caso.

E ele, no tempo desigual de que dispôs, procurou mostrar a posição da Igreja contrária à prática do homossexualismo, pois assim determina a teologia e a Bíblia, bases da religião que os católicos professam. Não significa matar, nem condenar, nem ter preconceito contra, mas simplesmente não ser favorável à prática. Amar o pecador, mas não o pecado, disse ele calmo.

As novelas de tevê não pensam assim. Começa a ser comum o personagem, católico ou evangélico, ser visto como retrógrado, intolerante, muitas vezes vilão, por não concordar com o que as redações e pautas acham que deva concordar.

Pode-se fazer campanha pró-aborto no Brasil, mas a campanha contra já conta com a má vontade de setores fortes do governo, além de não ser bem vista pela mídia. Ora, a liberdade não é igual para os pró e os contra? O governo que faça a respeito um plebiscito, prática que o seu adorado Chavez instala e repete até ganhar, na Venezuela. Verá que não é bem assim. O povo quieto, sem voz, é conservador. A arraia que se diz pensante e vociferante não reflete o pensamento da maioria nessas questões. Uma coisa é votar no Lulla porque foi pobre e é inculto. Outra é votar a favor do aborto.

A Rede Record volta e meia traz à tona casos de padres pedófilos. É a tevê que mais se dedica a isso. Mas devemos considerar que ela pertence ao autonomeado bispo Macedo, que tem o seu interesse.

Achincalhar Cristo parece estar na moda. Projeto de lei na Câmara quer proibir símbolos religiosos em público, mesmo que a Constituição determine ser livre o exercício da fé.

Ah, mas a república é laica, dizem. Concordo. Sou favorável ao laicismo. Mas estão confundindo laicidade com ateísmo. Procurem o dicionário.
Mas há que se conviver com isso. Existem determinadas categorias de pessoas que são objeto de execração na mídia, quando erram ou cometem crimes, mais que as outras. É o caso, por exemplo, dos padres e dos policiais (exceto os da Polícia Federal), que formam categorias para os quais se reserva a execração um tantinho a mais que aos outros.
A Igreja Católica pode se preparar para voltar às catacumbas.


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Estava eu assistindo ontem ao Jornal Nacional da Rede Globo. Estão veiculando um filme sobre a vida do Dr. Roberto Marinho, fundador da Globo. Olha gente, admiro o Roberto Marinho pelo seu empreendedorismo, pela visão á frente de seu tempo, pela tevê que, apesar dos pesares, é ainda a melhor. Foi um grande brasileiro da Comunicação. Mas a Rede Globo que deixe de lado uma preocupação boba. Querem porque querem desvincular o seu chefe da ditadura militar e dos generais. Alguns até chegam ao despautério de dizer que ele era esquerdista. Não vejo problema algum no Dr. Roberto Marinho ter sido amigo ou cordial, como foi, com Geisel, Médici, Figueiredo. Eram pessoas honestas que não enriqueceram à custa do erário, como é comum fazer hoje. Natural se fazia que ele privasse da companhia deles (era uma época), pois se a história em 1964 fosse outra, teria que se ver às voltas com uma ditadura comunista nos moldes cubanos, comandada por Prestes, Marighela, Lamarca, Frei Betto, Brizola, Dilma, José Dirceu, Franklin Martins, Marco Aurélio Garcia e muitos outros que vocês conhecem. Não sei se Lulla teria esse cacife todo numa ditadura dessas, apesar de ser simpático à causa. Eles desistiram da ideia de Castro em 1959, que lá deu certo, e, depois de tentar guerrear e levar uma surra acomodaram-se e passaram a investir em Gramsci e não em Lênin. E, no primeiro caso, o Dr. Roberto Marinho não teria tevê nem rádio, pois tudo seria estatal, como na ilha. Talvez até ele, como grande empresário, tivesse que sair do país. E, caros globais, é sabido que todo o tempo em que o PT e afins foram oposição, a Globo era uma das empresas mais odiadas pelos vermelhos. E ainda o é. Vocês sabem. A sorte é que esse país é meio desmemoriado. Não queiram se fazer esquerdistas agora, pois não é preciso. Pelo menos por enquanto.


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Do Blog: Ao correr do teclado.

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