No Giornale de hoje, [junto com] um outro artigo dedicado à esplêndida homilia pronunciada por Bento XVI ontem [sexta-feira, 11 de junho] pela manhã, no fechamento do Ano Sacerdotal (que eu os convido a ler, para descobrirem mais uma vez o humilde olhar de fé do Papa teólogo sobre o sacerdócio e sobre os tristes recentes casos de escândalo [sexual]), publico também um artigo dedicado ao Hoax [bufala] sobre a foto de Ratzinger fazendo uma saudação nazista. Hoax que há tempos circula na web e no Youtube, mas que atualmente está de qualquer modo “consagrado” em um livro (“Os papas e o sexo”, edições Ponte alle grazie), um «ensaio [saggio] bem documentado [documentatissimo] e chocante» – como se lê na contracapa -, um livro-investigação escrito por Eric Frattini, «professor universitário, jornalista e escritor eclético, apaixonado por história e por política». O autor acredita na possibilidade de que Ratzinger, vestido de padre, tenha feito a saudação romana [il saluto romano] que, na Alemanha do Terceiro Reich, era acompanhado pelo grito de “Heil Hitler!”. E cita explicitamente (sem no entanto publicá-la) a imagem na qual está retratada um Ratzinger jovem, com as vestes sacerdotais, que efetivamente tem o braço direito [erguido]. A foto – conhecidíssima na Internet – foi maliciosamente falsificada [taroccata], cortando-se o outro braço. Joseph Ratzinger, com seu irmão Georg, estava naquele momento abençoando os fiéis da paróquia de Sant’Osvaldo em Traunstein, no dia seguinte à sua ordenação ocorrida em Frisinga, em 29 de junho de 1951. Na foto original se vêem os dois irmãos que, ambos, levantam os braços para invocar a bênção sobre os fiéis. Ora, na Web circula tudo que é lixo [ogni ciarpame]. Mas que um “docente universitário” (ensina jornalismo na Universidade de Madrid), autor de um ensaio “documentatissimo”, acredite realmente nesta lenda [panzana], sem nem ao menos dar-se ao trabalho de fazer qualquer pesquisa na Internet, é bem mais grave. Por ele e pela editora Ponte alle grazie. Não é um mistério que Ratzinger tenha se tornado padre em 1951 (e, portanto, não poderia fazer aquela saudação em vestes sacerdotais). A foto original que desmascara o malévolo hoax anti-ratzingeriano está disponível online. Talvez escrevendo um ensaio “documentatissimo” também Frattini pudesse ter-se dado ao (tíbio) trabalho de procurá-la.
do: Deus lo Vult!
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