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Toinho de Passira
Fontes: Blog de Paris, Nature Capitasle, BBC Brasil, Le Figaro, Le Monde
A Avenida Champs Elysées, o coração de Paris, a mais bela e conhecida avenida do mundo, transformou-se num imenso jardim. Todos os 27 mil m² em linha reta, entre a Praça da Concórdia e o Arco do Triunfo, foram ocupados por 150.000 arvores, divididos em quatro pequenos bosques, e 150 espécies vegetais e até currais com ovelhas e bovinos, representando os produtos agrícolas de diversas regiões do país.
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A instalação, que se chama “Nature Capitale” foi executada por 600 agricultores franceses, na noite de ontem, sob a supervisão do veterano criador de espetáculos de rua, Gad Weil. Comemora, na França, o Ano Internacional da Biodiversidade, organizado pela ONU.
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Espera-se que um milhão de pessoas compareça ao evento, que tem a duração de dois dias e acaba amanhã, que é feriado de pentecostes na França.
O visitante poderá comprar partes do jardim e levar para casa. Desde a própria terra adubada, a um vaso florido, por exemplo, que custa 10 euros. Uma parcela de um bosque, miniatura vegetal de 11 diferentes regiões da França, pode chegar até a 700 euros.
Atrás da poesia e do lirismo do evento, não esconde, porém, sua significação política e econômica. O evento, que custou US$ 5,3 milhões (cerca de R$ 10 milhões), foi organizado pela União dos Jovens Fazendeiros – que reúne fazendeiros com menos de 35 anos de idade – pretende chamar a atenção para os problemas financeiros causados pela queda do preço dos produtos agrícolas na França.
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A união, que representa 55 mil fazendeiros, quer mostrar ao público das cidades – e ao governo – os esforços exigidos para se produzir o que é consumido nas refeições na França. Toda essa organizada força política e econômica, principalmente, em tempos de crise, tenta espantar, sobretudo a possibilidade de redução de subsídios e abertura do mercado agrícola para importados, como sonha, por exemplo, o MERCOSUL e o agronegócio brasileiro.
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