sábado, 29 de maio de 2010

O “BOM AMIGO” AHMADINEJAD

Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 29 de maio de 2010.

“(…) se perfilan varias aventuras diplomáticas fallidas, disimuladas por la superficialidad y la inercia mediáticas. (…) El objetivo diplomático número uno de Lula - lograr un escaño permanente en el Consejo de Seguridad - se ve, al término de ocho años de esfuerzos, menos viable que nunca”.
(Jorge Castañeda - ex-secretário de Relações Exteriores do México)

O “bom amigo” de Lulla é uma ameaça para dissidente, homossexuais, mulheres e minorias religiosas. O Irã foi um dos países que mais aplicou a pena de morte no ano passado. Pode-se confiar em Mahmud Ahmadinejad?

Mahmud Ahmadinejad

O presidente iraniano nasceu no povoado de Aradan, a 90 km de Teerã, e na revolução de 1979, que levou ao poder o aiatolá Khomeini, aliando-se aos Estudantes Islâmicos de Teerã. Logo depois, alinhou-se aos Guardiães da Revolução, a terrível Polícia Ideológica do Regime. Estreou na política como governador da província de Ardebil e em 2003, chegou à prefeitura de Teerã, quando aproveitou para lançar sua candidatura à presidência, em junho de 2005.

Ahmadinejad inaugurou um novo modelo de governo itinerante, ao reunir seu ministério, a cada duas ou três semanas, em cidades diferentes com a finalidade, segundo ele, de “compreender melhor os problemas do povo”. É, hoje, considerado o segundo homem mais poderoso do Irã, só superado pelo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Quatro meses depois de assumir o poder afirmou que “Israel deve ser riscado do mapa” mostrando ao restante do mundo que o Irã pretendia retornar ao anti-semitismo dos tempos da Revolução Islâmica.

No início de 2006, o Irã anunciou o recomeço de suas pesquisas nucleares que foi interpretada, pela comunidade internacional, como uma tentativa dos aiatolás de desenvolverem armas de destruição em massa (ADM). A possibilidade da tecnologia nuclear se tornar acessível a um louco fanático e populista é assustadora. Não há como determinar, sem a fiscalização adequada dos organismos competentes, se a tecnologia se destina a fins pacíficos ou não. A verdade é que os iranianos vêm mantendo negociações com Abdul Qadeer Khan, o pai da bomba atômica do Paquistão, que vendeu projetos nucleares à Coréia do Norte e à Líbia. O Irã colabora com a Coréia do Norte no desenvolvimento de mísseis de longo alcance, capazes de carregar ogivas nucleares.

Em abril de 2006, contrariando um ultimato do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o país anunciou que iria avançar em seu programa nuclear. Ahmadinejad anunciou que o Irã conseguiu enriquecer urânio pela primeira vez, em sua usina de Natanz, entrando para o clube dos países que dominam uma tecnologia nuclear.

O governo do Irã impediu, em janeiro de 2007, a entrada dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização da ONU, em represália às sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU. O Conselho havia proibido a venda de materiais tecnológicos que pudessem ser usados nos programas nucleares e de mísseis além de determinar o congelamento dos bens de companhias e cidadãos iranianos no exterior.

Ahmadinejad se acha um predestinado com a missão de expandir a revolução islâmica e de libertar as populações xiitas. Seu arqui-rival, o Iraque, neutralizado após a ofensiva norte-americana, é governado por uma ampla coalizão xiita, integrada por partidos do Primeiro-ministro Nuri al Maliki e outros simpatizantes do Irã. Esta coalizão deverá dirigir o Iraque nos próximos quatro anos, depois de um acordo para formar um grupo único no Parlamento.

Detentores da quarta maior produção de petróleo do mundo, os iranianos, contam com este trunfo para pressionar os países industrializados a não aprovar sanções comerciais contra eles, o que acarretaria uma imediata alta no preço dos combustíveis.

Homossexuais

"Se não há homossexuais no Irã, eu sou o quê?" (Arsham Parsi)

Ahmadinejad afirmou em entrevista na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, que: “Nós não temos homossexuais como em seu país. Nós não temos isto em nosso país. Não temos este fenômeno”.

Arsham Parsi, diretor de site gay, fugiu do Irã para o Canadá para não ser torturado ou morto. “Deixei o Irã em 2005 e não penso em voltar para lá. Eu não posso voltar. Eu tenho medo, sim. Não me sinto seguro por lá. Eu disse que só voltaria para o meu país quando esta situação não existisse mais por lá”, afirmou Parsi.

Dissidentes

A estudante Neda Agha Soltan é o maior símbolo da repressão do regime iraniano. Soltan foi morta durante uma manifestação em junho de 2009. A diplomacia brasileira se esquivou, covardemente, de confrontar o regime iraniano não focando os excessos cometidos em relação aos manifestantes que Anti-Ahmadinejad.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.l

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

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