quarta-feira, 5 de maio de 2010

OS CHIFRES DO DIABO

Ensaio derivado do artigo “Evil's Greatest Emissary, Adolf Hitler, Died on this Date” [Abril 30], de Harold Witkov, original do American Thinker, da mesma data, sobre o dia do suicídio de Hitler, que parece ter disfarçado que o modus operandi que desencadeou aquele mal não cessou, diferentes apenas o contexto e os personagens, que por baixo das máscaras ainda são os mesmos demônios.
A diminuição dos atos de violência nas relações sociais é simplesmente o correlato de um aumento da fraude e da corrupção. A fraude é um procedimento ainda mais eficiente que a violência para obter êxitos ou privilégios. Portanto, como é natural, os que se inclinam mais à fraude que à força fazem uso dos ideais humanitários.
- James Burnham, The Machiavellians (1943), IV, 2
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Por estes dias, enquanto se comemora a primeira posição fajuta de Lula como “líder” mais influente no mundo, chegamos ao 65º aniversário do suicídio de Adolf Hitler e o seu encontro com o que quer que o tenha parido nesse mundinho de Deus, conforme lembra em artigo no American Thinker Harold Witkov, que rende algumas correlações interessantes.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0c/Lula-ONU-23092008.jpgO Mundo Novo do socialismo do Terceiro Reich e do fürer era para durar mil anos, mas parou no 12º. Seus expurgos assentaram como pedra de fundação de Israel a lápide de 6 milhões de seus homens, mulheres e crianças. Tivesse Hitler tido sucesso, e a face do mundo teria ficado um pouco diferente, diz Witkov, ausentes eslavos, ciganos, comunistas, doentes mentais (meio redundante, não é mesmo?), aleijados, homossexuais e “dissidentes” de todo tipo.
O mal que começou com a mentira e evoluiu para a guerra, com a morte de Hitler voltou para a mentira aumentada em um grau ainda não bem compreendido.
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A respeitabilidade do idiota
Hitler ensinou-nos que tiranos assinam tratados não com a paz em mente, mas com a intenção de ganhar tempo para alcançar vantagem militar”, observa Harold Witkov. Abstraídos os princípios ingleses mais nobres num cavalheirismo diplomático ingênuo, ultrapragmático, Neville Chamberlain permitiu que Hitler auferisse o tempo necessário para preparar-se para a guerra mais dura.
A lição desse período parece ser hoje quase completamente negligenciada; no Brasil, ela não pode ser nem mesmo esquecida, como já se tende sonolentamente a uma dissolução da democracia a um plebiscitarismo que promete a verdadeira representação do “povo”.
E o pacifismo para lá de aquém de Chamberlain reencarnou em Lula; o que a Alemanha de Merkel sabe perfeitamente bem, que Ahmadinejad não merece mais tempo, Lula pretende em delongas atrasar por oposição a velhos slogans anticapitalistas e antiocidentais, repetidos pelo piro do século 20. Ameaça, com isso, dar tempo ao Irã para a produção dos meios de produzir a bomba, o qual já trafica armas com a síria para o Hezbollah, e, com um pouco menos de pudor, já admite que a bomba é um dissuasivo para o Irã, para a paz.
Mas é claro que quem jamais soube dessa parte da história, no pré-guerra, dos dissuasivos diplomáticos que prepararam a por guerra, como por aqui, não pode mesmo, por definição, esquecê-la.
Acordo ´ideal´ não sairá em Copenhague Ao lado de Merkel, em visita recente à Alemanha, Lula pregava o diálogo ultrapragmático, e ouve de Merkel que ela já havia tentado conversar e que Ahmadinejad não estava realmente empenhado, mas ganhando tempo. Então Lula se afoita novamente, dizendo um boboca “Se nós queremos ter moral, para pedir para o outro que não tenha armas, nós também não devemos ter armas”. A pieguice do nosso líder ranqueado mundialmente --- uma das pessoas mais influentes no mundo junto com Ben Stiller (herói) e Lady Gaga (artista) --- levou Merkel a baixar a cabeça procurando alguma coisa com a qual se distrair perante aquela aula de moral eloquente, irrespondível, como se sorri às crianças o esforço pelo que elas não são capazes de fato. Depois, sorrisos tolos, tapinhas, para o grande líder latinoamericano.
Ao ouvir Gordon Brown chamando aquela senhora baixa e gordinha de “fanática”, quando entra no carro e não se dá conta que o microfone de lapela estava ligado, supus que um comentário menos polido é uma coisa verossímil, ao invés do que se viu quando Lula inculpou na sua frente as “pessoas de olhos azuis” pela crise. O que será que Brown disse nos bastidores não saberemos, mas dá para imaginar com pequena margem de erro, qualquer coisa mais forte do que disse àquela senhora.
Ainda não apareceu um Rei na frente de Lula para pôr ao chão a sua cara sorridente de idiota pedindo afagos para sempre em seguida sair-se com um discurso moralista ou autolaudatório. É só tirarem a mão da sua cabeça para ele latir cheio de segurança, que já se encontra entre os maiores estadistas mundiais.
Pior é uma coisa sempre além de si mesmo, então Lula pôde, enquanto lhe dão corda, piorar as coisas um pouco mais, na ocasião de sua fala no parlamento israelense. O Financial Times parece que resolveu parar de passar a mão na cabeça do bobo e apontar as “gafes” recentes do presidente como o que elas são de fato, mera afetação sem valor. Enquanto por aqui as boboquices são cantadas como triunfos de um estadista, quanto a política pacifista é um óbvio ululante, mas muito pouco ligada à realidade, a insistência exagerada nela para permanecer sob as luzes começa a mostrar que sua defesa não tem conteúdo.
Ter dito no Knesset, o parlamento israelense, que estava “infectado pelo vírus da paz” foi mais do que uma “gafe”, foi o completo menosprezo à história do povo judeu. O Financial Times alertou que o teatro da “política do arco-íris” está chegando ao limite.
Difícil compreender como pode que alguém acredite que Lula, sem nunca tomar decisões difíceis, possa ser verdadeiramente respeitado.
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A mansuetude traiçoeira do mal
Alguém sabe onde ficam os chifres do diabo, ou o que eles são? O mal tem chifres, mas o que são os chifres do mal? Se é o que serve para identificá-lo, como na parábola bíblica do joio e do trigo, só dá para saber exatamente depois que se os associa tendo então ocorrido o pior? O bigodinho de Hitler? De outro modo, é o modus operandi que o denuncia.
De Hitler aprendemos que quando os demônios assumem a forma humana eles não podem ser facilmente reconhecidos. No que importa, Hitler demonstrou àqueles que desejam aprender as lições da história, que os demônios são capazes de chegar ao poder em qualquer lugar --- mesmo no meio das repúblicas democráticas”.
Para Harold Witkov, como acima, a condução pura de líderes maquiavélicos disfarça o pior do mal, cujos meios são a força de coerção e a capacidade de induzir o homem e ao pecado e à fraqueza. No judaísmo, o mal é reconhecido na expressão Yetzer Hara, a inclinação ao mal em cada um de nós para agir imoralmente.
http://a1.twimg.com/profile_images/501580764/adolf-hitler_normal.jpgO truque de um mal que existe interna e externamente é ocultar-se numa certa dinâmica cujos sinais externos podem dar a conhecer, não o quê, mas como, que podem ser reconhecidos em exemplos históricos como o que nos deu o nazismo --- não em seus símbolos exteriores, mas na sua forma geral.
Se o que ocorre a Hitler é loucura, uma loucura persistente e sistemática, como se o mal fosse mesmo a única unidade da alma do homem, este homem está já um tanto apartado daquele herói de guerra condecorado que levou à unidade da nação alemã sob o conceito de um socialismo de camaradagem radical. O espírito do rigor das trincheiras rendeu ao homem um apelo irrefreável --- profundamente internalizado ---, que mesmo à beira da morte ralhava com ódio contra tudo contra o que começara caluniando sob fantasias mentirosas. As mesmas mentiras são ainda hoje repetidas, e mal percebemos elas. A morte torna-se, para Hitler, uma vingança e um triunfo. O mal não pode ser derrotado: ou é destruído como aparece, ou não é detido.
Em Hitler, o homem parece ter cedido de todo ao mal, um mal cuja forma era a do coletivismo radical, como se formasse um corpo único. Sua personalidade parece ter sido desligada de todo de sua alma, conquanto a polidez, a civilidade aparente e exterior pudesse ser observada ainda, até quase o fim --- o que acontece o mesmo com outros tiranos, como Stalin, Fidel Castro, o anti-herói Che Guevara, todos suavizados pelo modelo do mal mais eficiente, que dissimula ---, “levando Hitler a falar sem sentido, como um recipiente vazio, como que contemplando um mestre invisível”.

O internacionalismo socialista parece prestar culto a esse mesmo “mestre invisível” que se parece mais a uma possessão. A esta estão sempre mais suscetíveis homens ocos como Hitler, que falam sem que digam nada de si mesmos. Ou homens ressentidos e rancorosos, cuja alma está moldada pela ausência, pelo caos e pela náusea de viver, segundo sentem do fundo do coração, em um mundo sem sentido e que só pode ser --- do tema gnóstico --- redimido pela ação transformadora e radical, com a destruição do velho mundo para o surgimento de um novo e de um novo homem.
O nazismo se limitava a pregá-lo, assim, para um grupo de homens escolhidos, mas o socialismo não; para este, não há limites nacionais dessa ordem futura, e o futuro não pode ser invadido, sitiado e destruído. Sempre, na esquina de uma mudança, a direção que se toma mutatis mudandis permanece no mesmo passo. É o que parece ser a situação ao que se começou questionando.
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Demônios do logro
Witkov escreve por fim:
Permitamo-nos lembrar este dia [30 de Abril] que a luta do bem contra o mal não acabou com o suicídio de Hitler. O mal vive. A guerra entre o bem e o mal continua. O jogo de Deus pela vida continua; nada mudou, apenas os jogadores”.
Os discursos vazios e as meias verdades não deixaram de nos assombrar, pelo contrário, ao que parece. Para preencher o oco, a fama de alguns governantes vem encontrando uma tendência comum por hoje em títulos vazios, de valor inversamente proporcional a algum mérito objetivo ao que se referir.
O Nobel de Barack Obama, bem como sua fama difundida com histeria, e os inúmero títulos de Lula, alguns francamente contrários aos seus atos reais, os discursos que são ladainhas que enfileiram slogans e nonsense de ambos, ao mesmo tempo em que pregam a adesão à coletividade formando novos movimentos de massa.
Parece que aquela lição de Hitler, como observa Harold Witkov, não foi aprendida. Se os jogadores na cena do mundo não são os mesmos, o modus operandi está de novo maquinando com a mesma dinâmica de outrora. Nem parece necessário grandes disfarces, pelo contrário, como Hitler aponta em Mein Kampf, basta a mentira mais incrível para tudo transcorrer com as mais fortes resistências de quem deveria estar alerta.
Quanto mais vazio o homem, maior a necessidade de títulos e condecorações para fazer ele parecer verossímil. Líderes dessa estirpe são os símbolos primeiros de uma ordem social que para alguns povos, como o brasileiro, parece tão natural, a da escravidão com ração servida. E este é, de fato, o reflexo mais fiel da alma do brasileiro. Uma alma confusa, incerta, assustada e apequenada no mais baixo --- onde se sente muito bem ---, e onde o oportunismo e a covardia parelham na frente de um carro dos infernos.
Peguei do: Profecias Retrospectivas - imagens da Internet via Google

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