“Recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais "liberações", independentemente do partido a que pertençam.” - D. Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo de Guarulhos
Do blog do Toinho de Passira-(The Passira News).
Fontes: Blog do Reinaldo Azevedo
No Blog do Reinaldo Azevedo, há uma entrevista do Bispo de Guarulhos, D. Luiz Gonzaga Bergonzini, concedida ao repórter Kalleo Coura, da VEJA, onde ficam esclarecidas muitas coisas, inclusive que foi realmente o Bispo de Guarulhos, quem encomendou a impressão de dois milhões de um folheto, “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras”, em que a Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul I da CNBB, exortava os católicos a não votar em políticos que defendam a descriminação do aborto.
A publicação foi apreendida pela Polícia Federal, por absurda determinação de uma decisão liminar concedida pelo ministro Henrique Neves, do TSE, uma afronta a liberdade de expressão, no país.
O esclarecimento vem clarear a questão, pois “o PT tentou acusar uma espécie de conspiração, afirmando que se tratava de uma iniciativa do PSDB, já que uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao partido.” Lembra Reinaldo Azevedo: “Os petistas só se esqueceram de informar, como noticiou este blog, a empresa imprimiu material de campanha para outros partidos - inclusive para o PT. Num deles, uma central sindical exortava seus filiados a votar em Dilma, o que é ilegal.”
O bispo começa afirmando que foi ele quem decidiu imprimir dois milhões de cópias do “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras” e diz que fez “isso para tornar conhecida a minha posição política em defesa da Igreja e da vida. Essa publicação visava justamente defender a vida de seres humanos que não pediram para nascer e não têm condições de se defender. Trata-se de um documento oficial, assinado por três bispos. Não era um panfleto. É um documento autêntico da igreja.”
Em seguida perguntado se havia se sentido censurado com a apreensão dos folhetos afirma concordando:
"Claro que sim! Foi um ato totalmente antidemocrático, uma agressão à minha pessoa. Afinal de contas, eu tinha autorizado a publicação. Essa cassação impediu não só a impressão do documento como sua distribuição. Sinto que fui perseguido. O governo fala tanto em liberdade de expressão, mas esta apreensão foi um atentado a um princípio constitucional. A minha opinião foi censurada."
O repórter pergunta que o bispo defende explicitamente que os fiéis não votem em Dilma Rousseff e ele responde:
”Minha recomendação é essa por causa das ideias favoráveis ao aborto que ela tem. Em 2007, numa entrevista, ela chegou a dizer que era um absurdo a não-descriminalização do aborto no Brasil. Então ela é favorável a isso. Agora, depois do primeiro turno, ela se manifestou muito religiosa, se dizendo contra o aborto e contra a união de pessoas do mesmo sexo. Quer dizer: tudo aquilo que atrapalhou a sua eleição no primeiro turno, ela tirou da campanha. Você pode confiar numa pessoa que assume posições contraditórias? Ninguém muda de idéia deste jeito. O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício. Ela não é confiável.”
O bispo diz que não tem ligações com o PSDB.
”Em circunstância nenhuma eu agi de acordo com orientações partidárias. Eu falei, repito, assino e afirmo: “Não tenho partido político”. Eu sou um ser político, sim, mas não partidário. Se tomei partido nesta eleição, não foi a favor do PSDB, foi contra o PT e a Dilma. As razões são claras: sou contra o aborto e a favor da vida. Não fui procurado por partido político nenhum! Fui apenas agredido por militantes do PT, que, há dez dias, fizeram um escarcéu debaixo da minha janela, às duas da manhã, com palavrões e rojões. Cheguei até a ser ameaçado”.
”Recebi cartas anônimas. Uma delas dizia: “O Celso Daniel foi assassinado, tome cuidado”. Fiz um boletim de ocorrência por causa disso, mas não tenho medo. Se fizerem qualquer coisa contra mim, será um tiro no pé. Será pior para eles."
”O papel do bispo é orientar os seus fiéis sobre a verdade, sobre a justiça e sobre a moral. Ele deve apresentar a verdade e denunciar o erro. Foi o que fiz. Tenho todo o direito - e o dever - de agir do modo que agi. Não me arrependo de ter falado o que falei. Faria tudo de novo! Se surgir um candidato que seja contra os princípios morais, contra a dignidade humana e contra a liberdade de expressão, irei me levantar de novo.”
"De qualquer forma, vou continuar manifestando minha opinião. Ninguém pode botar um cadeado, uma mordaça, na minha boca. Podem apreender um papel, mas nada altera minhas convicções.”
Informa Toinho da Passira: para facilitar a leitura do texto publicado transformamos a entrevista em depoimento, mas ela pode ser lida no original no Blog do Reinaldo Azevedo.
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