Faço uso da alusão ao plano Bresser dado ter sido aquele que, no âmbito da gestão administrativa, previa uma curva forçada de desempenho funcional no serviço público, segundo a qual uma parcela dos servidores seria conceituada como excelente, outra como média, e enfim, para desespero dos sobrantes, a última seria reservada para aqueles tidos com desempenho considerado insuficiente.
O plano Bresser até que poderia ter lá seus méritos para os fins a que se prestavam (no que eu não concordo quanto aos meios empregados) , isto é, buscar a eficiência nos serviços públicos. Mas o que dizer de uma pesquisa que conclui que jovens que optaram por não se declararem gays são vítimas de preconceito? E o que dizer que os assumidos são muito poucos? Haveremos de estipular uma cota a ser preenchida?
Pra começar, para sabermos se os resultados foram aquém do esperado, haveríamos de ter um índice-padrão. Quem o estipulou? Com base em quê? Quem pode afirmar quanto a este assunto que um qualquer dado histórico precise necessariamente ser repetido em outros anos e em outras turmas?
Ademais, o que fazer com alguém que se nega a declarar-se como homossexual? Obrigá-lo a tanto? Conduzir a entrevista de modo a sugerir à criança que ela seja gay? Cadastrá-la à força? Imagine olhar para aquele garoto de feições finas, meigo e educado, e taxar: ´"-tá vendo? é viadinho, só ele, seus professores e os pais dele é que não vêem...", oi ainda, para aquela menina boa que só no basquete e concluir: "essa aí, nem precisa entrevistar..."
Ora, se uma pesquisa deste teor foi feita, então um requisito essencial é que o tenha sido realizada em privado com os estudantes. Se isto não foi o bastante para tal ou qual jovem se sentir à vontade para declarar-se como mais um integrante da turminha do arco-íris, então, das duas, uma: ou os pesquisadores cometeram atentado violento ao pudor para terem certeza do que falam ou arrostam-se a opinar em lugar dos seus entrevistados, substituindo o juízo deles pelos seus (meio inadequado o uso aqui deste termo..."juízo", não acham?).
Outra coisa que eu gostaria de saber é se esta dita pesquisa houve por pedir a permissão dos respectivos pais para entrevistarem seus filhos menores de idade. Ou o pátrio-poder não vale mais p...nenhuma neste país?
E não se espantem, mas a pesquisa também se indigna e literalmente acusa os professores pelo seu "despreparo", como se tivessem como obrigação profissional identificar as tendências sexuais das crianças e obrigá-las a "assumirem" um estado de viadagem que eles mesmos venham a determinar. Nestas horas, cadê o quê de respeitar a individualidade das crianças - ainda em formação - e reitero, o que seus pais pensam a respeito! O negócio é formar glbtzinhos para futuramente engrossarem as fileiras do movimento gaysista!
Se pensam que bastou, sentem-se! Para suprema inconformidade dos entrevistadores, nenhuma criança ou adolescente se declarou "travesti". Caramba, escola é um lugar que as crianças vão para estudar! Até as meninas, muitas delas, não usam maquiagem, e as boas escolas inclusive desestimulam o seu uso, bem como das saias curtas e blusinhas do tipo "olha meu umbiguinho", justamente para garantir que o ambiente de estudo seja preservado de um extremo sensualismo! Não, porém, para os travestis, segundo pensam estes áulicos da educação, segundo os quais um projetinho de traveco deveria ser obrigado a se maquiar e se emplumar todo para ter a sua identidade "protegida".
Por fim: a pesquisa não identificou travequinhos, segundo as escolas, porque não foi realizada em turmas do segundo grau! Para quem não se deu conta: os sedizentes pesquisadores” buscavam revelações de identidade sexual preferencialmente entre os mais jovens! Se isto não é um escândalo digno de ser representado junto ao Ministério Público, então, o que pode ser? Ahh, cambada de gente safada, perversa e sem vergonha na cara!
Abaixo, reproduzo a notícia, divulgada pela agência Estado, e copiada do site do jornal Diário do Pará:
Pesquisa amostral feita com estudantes até 17 anos da rede pública de 11 capitais brasileiras revela que pouquíssimos se declaram gays, uma parcela menor se declara lésbica e nenhum se declara travesti. A não declaração, de acordo com a pesquisa, é resultado do preconceito contra os homossexuais e a falta de preparo dos professores e autoridades na área da educação.
A explicação das escolas para ausência de travestis, segundo os pesquisadores, é o fato de a pesquisa não ter como alvo instituições de ensino médio. Entretanto, os dados mostram que a “organização da escola, com suas normas e regras, não permitem a presença da travesti nesse ambiente”.
A constatação é ilustrada pelo depoimento de uma autoridade: “Eu tenho uniforme... maquiagem a gente não permite. Então assim, a gente tenta manter um padrão universal.” (Agência Estado)
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