Um dos parlamentares que propôs a modificação, Colatto (PMDB-SC) argumenta que não foi comprovada vantagem técnica no horário de verão. Ele avalia que a energia não consumida nesse período simplesmente se perde. "Não ouço relatos de que a fatura de energia fica mais barata durante o horário de verão. Ao contrário, as pessoas acordam ainda no escuro e começam a consumir energia mais cedo".
Ele defende que a alteração do horário traz prejuízos ao metabolismo humano, prejudica a saúde do trabalhador e as atividades de quem vive no campo. "Se a questão é poupar energia, há outras formas de atingir resultados melhores, como campanhas para incentivar o uso consciente da eletricidade e de aparelhos mais econômicos".
Já o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) é favorável à medida, pois, segundo ele, a economia gerada é representativa e, quando se adiantam os ponteiros em uma hora, é possível aproveitar melhor o período de sol. Ele ressaltou ainda que a mudança não traz grandes prejuízos ao trabalhador. "Quem perde mais são os estudantes, que têm de levantar mais cedo, ainda no escuro". Marquezelli defende que o horário seja estendido a todo o Brasil.
O Ministério de Minas e Energia espera reduzir a demanda no horário de maior consumo em torno de 5%, o que corresponde a uma redução de 62% no consumo de uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro, ou duas vezes a demanda máxima de Brasília, nos horários de maior consumo (das 18 às 21 horas). A redução total no país deve ser de 0,5%, o equivalente a 10% do consumo mensal de Vitória (ES) ou de Porto Alegre (RS).
Do Portal Bond
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