segunda-feira, 11 de outubro de 2010

DOM ALDO PAGOTTO - ABORTO É PROGRAMA DE GOVERNO DO PT


Aldo Di Cillo Pagotto, Arcebispo Metropolitano da PARAÍBA

Um comentário:

Anônimo disse...

FOLHA DE SÃO PAULO


São Paulo, quinta, 2 de outubro de 1997.



Ruth defende projeto sobre aborto
CHICO SANTOS
da Sucursal do Rio

A primeira-dama Ruth Cardoso defendeu ontem a aprovação pelo Congresso Nacional da lei que regulamenta a realização de abortos legais em hospitais públicos, afirmando que ela apenas ratifica o que já está na legislação.
Ela disse que a chegada do papa João Paulo 2º hoje ao Brasil não deve ter nenhuma interferência na votação da lei no Congresso. Para a primeira-dama, "a relação entre o Congresso Nacional e o papa é zero". Segundo ela, "esse é um problema da sociedade brasileira".
"Não há nenhuma novidade, não há nenhum enfrentamento de quem seja contra ou a favor", disse Ruth. Para ela, a lei em tramitação "é um direito garantido que está sendo estendido às mulheres com menos recursos, porque elas não são atendidas no serviço público, quando deveriam ser".
A lei que tramita no Congresso permite que sejam realizados na rede pública de saúde abortos em casos de gestação causada por estupro ou em casos nos quais haja risco de vida para a gestante. A legalidade do aborto nesses dois casos está prevista no Código Penal de 1941. Os comentários de Ruth Cardoso foram feitos na favela da Rocinha (zona sul do Rio).
A primeira-dama, que é também presidente do programa Comunidade Solidária, participou na Rocinha de solenidade de liberação de R$ 200 mil do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiamentos populares feitos pela ONG (organização não-governamental) Vivacred.
Ruth disse que "há muito tempo vinha brigando por essa idéia do crédito popular", acrescentando que no Brasil há muitas facilidades para a concessão de crédito "a quem não precisa dele".
Ela classificou o crédito popular como "um mecanismo para mudar a sociedade" e afirmou que o Brasil está muito atrasado em relação a outros países latino-americanos nessa área. Culpou o período de inflação elevada por esse atraso.
Por esse motivo, segundo ela, foi necessário ir buscar na Bolívia o aprendizado para que o Brasil também tivesse seu sistema crédito popular, que está sendo implantado em várias cidades do país.