Foto: Presidencia de la República del Ecuador
PRESIDENTE IMPERIAL - Correa passou o dia, após a rebelião, latinoamericanamente, usando a faixa presidencial, onde esta inscrito: "MI PODER"
Postado por Toinho de Passira
Fontes: "The Passira News", Click PB, O Globo, Veja Abril, Blog Desde la Tranquera
Rafael Correa, presidente do Equador, não é flor que se cheire. É da mesma turma de Hugo Chávez, Evo Morales e Lula. Por aqui, quando a imprensa prova que a chefe da Casa Civil do governo está ajudando a roubar, o nosso presidente diz que é um golpe da oposição. Se leva uma vaia é outro golpe, se seu filho fica milionário de repente e a imprensa publica é outro golpe.
O mesmo acontece na Venezuela e na Bolívia. Eles vivem inventando tentativas de golpes, a cada vez que algum setor da sociedade lhe causa embaraços ou fazem uma oposição eficiente.
Não houve golpe de estado no Equador, pois em nenhum momento os manifestantes expressaram de alguma maneira a vontade de retira Rafael Correa do poder. O movimento queria pressionar o presidente a voltar atrás da medida imposta, sem discussão, ou negociação.
Pode-se até dizer que a lei que o parlamento aprovou sob inspiração do executivo, tem bons propósitos, mas é radical e avassaladora. Não foram apenas os policiais, que tiveram reduções salariais, os atingidos pelas novas medidas. Os médicos, do serviço público, por exemplo, tiveram seus turnos de trabalhos aumentados de quatro para oito horas.
A imprudência e a prepotência de Rafael Correa, em enfrentar a rebelião no peito e na raça, invadindo com uma modesta guarda presidencial e alguns assessores, o quartel general dos rebelados, transformou uma baderna, num ato político de grandes proporções.
O presidente correu sério risco de vida, e das seis mortes e quase duzentos feridos, vitimados nos lamentáveis acontecimentos, a metade, aconteceu devido a sua participação direta. Pelo menos três militares morreram na operação de resgate, do presidente que saiu da segurança do seu palácio para a boca do lobo, por vontade própria.
Como escapou ileso, Rafael Correa agora se faz de vítima e aproveita para censurar a imprensa e responsabilizar os adversários da oposição, pela baderna e instabilidade que ele mesmo gerou e pariu.
A nova constituição do Equador, instituída há dois anos, que permitiu a Rafael Correa o direito a reeleição eterna, autoriza também que o presidente declare a dissolução do Congresso e até a realização de novas eleições gerais. Assim num espaço de sete meses, o presidente fica governando por decretos.
O texto constitucional que autoriza o executivo a dissolver outro poder, não tem paralelo em nenhum texto constitucional do planeta. Ainda por cima, o enunciado legal é vago e impreciso: fala que a dissolução da Assembleia pode acontecer devido à obstrução pelos congressistas do plano de desenvolvimento, grave crise política ou comoção interna.
É bem verdade que a nova medida teria que ser a aprovada pela Corte Constitucional, mas como a nova Constituição dissolveu a antiga corte, os novos ministros do supremo foram todos escolhidos, há dois anos, por Rafael Correa, entre seus fieis seguidores.
Depurado os fatos, Correa está aproveitando a situação para fechar o Congresso, vingando-se do parlamento por ter rejeitado parcialmente outro projeto de lei, por ele enviado, e pela emoção de governar o país sem estribeiras.
Assim mais e mais ele vem ganhando mais poder como presidente, desde que se investiu no cargo, sempre mudando as regras em seu benefício. ”Em 2007, ano em que tomou posse, apoiou estrategicamente a convocação de uma Constituinte para dar mais poderes ao Executivo e conseguiu eleger a maioria dos integrantes da Assembleia. Seu mandato foi ratificado em 2009 por ampla margem sob a nova Carta e, desde então, tem feito mudanças legais praticamente constantes”.
Se um golpe está em marcha no Equador, Rafael Correa é quem o está motivando, de olho no cargo vitalício de ditador.
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