Por (*)-Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS
“O homem reduzido a pedir esmola se degrada moral e fisicamente: ele se embrutece. Numa sociedade baseada sobre a lei de Deus e a justiça, deve-se prover a vida do fraco sem humilhações para ele. Ela deve assegurar a existência daqueles que não podem trabalhar, sem deixar sua vida à mercê do acaso e da boa vontade”.
(O Livro dos Espíritos - Caridade e Amor ao Próximo - 888)
Enquanto em outros países se criam frentes de trabalho visando valorizar o cidadão através do trabalho, o que se vê no Brasil é um estímulo à preguiça, à estagnação e ao aliciamento eleitoral através de recursos federais. A revista britânica “The Economist” faz uma análise objetiva que deveria ser analisada pelos defensores do famigerado programa.
Bolsa Família não é resposta à pobreza urbana no Brasil
Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 30/7/2010
De acordo com a revista - que cita dados da Fundação Getúlio Vargas - cerca de um sexto da redução da pobreza no país nos últimos anos pode ser atribuído ao Bolsa Família, ‘mas algumas evidências sugerem que o programa não está funcionando tão bem nas cidades como nas áreas rurais’.
‘O sucesso do Brasil em reduzir a pobreza parece ser maior nas áreas rurais que nas urbanas’, diz o artigo, que cita dados das Nações Unidas que indicam que houve uma redução de 15 pontos percentuais no número de pobres na população rural entre 2003 e 2008, enquanto nas cidades essa diminuição foi muito menor.
‘Embora seja difícil provar pela falta de dados oficiais, evidências sugerem que a quantia (atual) pode valer menos que os antigos benefícios’, diz a revista.
Outro problema citado pela Economist é o fato de o programa ter tido pouco sucesso em reduzir o trabalho infantil. Segundo a publicação, crianças das cidades podem ganhar mais dinheiro ‘vendendo bugigangas ou trabalhando como empregados’ do que ficando na escola para receber os benefícios.
Embora afirme que estes fatores não signifiquem que o Bolsa Família seja ‘desperdício de dinheiro’ nas áreas urbanas, o artigo diz, no entanto, que o programa não é a solução ‘mágica’ como tem sido tratado no Brasil e em outros países”.
(*)-Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
-Imagens da Internet-(PVeiga).
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