Por (*) Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS
“Foi uma explosão de indignidade, aquele vulcão que faz parte do meu DNA italiano. Fui ao Congresso doar livros para a biblioteca. Já estava indo embora quando vi uma movimentação, me aproximei e eis que aparece o Zé Dirceu que nem a Ana Botafogo dançando Romeu e Julieta: leve, solto, fagueiro, risonho, acima do bem e do mal e da justiça. Aí, dei umas bengaladas muito bem dadas”. (Yves Hublet)
Yves Hublet
O escritor Yves Hublet nasceu em Curitiba - PR, em 7 de abril de 1938, e morreu em circunstâncias muito “estranhas”, em Brasília a 26 de julho de 2010. Autor de livros infantis como “A Grande Guerra de Dona Baleia”, “Planeta Água” e “Artes & Manhas do Mico-leão-dourado”, sucesso de público e crítica adotado nas escolas de todo o País, além de histórias em quadrinhos como “A Torta Certa” e “O Materializador de Desejos”. Foi fundador e Presidente da Associação Cultural Paranaense de Autores Independentes, da União Brasileira de Escritores (seção Paraná) e seu primeiro presidente.
O Homem da Bengala “Justiceira”
acusa de ter tentado roubar-lhe a glória das vitórias épicas contra os gigantes transformando-os em moinhos de vento. Ao que parece, o escritor tentou qualificar o abjeto deputado de “farsante”. Por duas vezes, o corrupto deputado “mensalista”, processou o escritor, e a justiça considerou seus pedidos improcedentes. Depois do episódio, Hublet, passou a enfrentar diversos problemas no Brasil e, como possuía dupla cidadania, resolveu mudar-se para a Bélgica, onde tinha uma pequena propriedade em Charleroi, província de Hainaut, região da Valônia.
A Estranha Morte de Yves Hublet
A pergunta que persiste é se foi “queima de arquivo” ou só mais um trágico acidente envolvendo dissidentes que incomodam o governo PeTralha.
Álvaro Dias questiona circunstâncias da morte de Yves Hublet
Senador Álvaro Dias, 3 ago 2010.
Álvaro Dias informou que, segundo relato de seu editor e amigo Airo Zamoner, da editora Protexto, após o episódio da bengalada, Yves Huble, escritor infanto-juvenil de fábulas ecológicas, enfrentou vários problemas no Brasil e mudou-se para a Bélgica, pois tinha dupla cidadania. Ele voltou em maio para Curitiba para discutir a publicação de um livro, e antes de retornar à Bélgica foi até Brasília. Segundo o editor, ao descer do avião, Huble foi preso em Brasília e ficou incomunicável. No presídio teria adoecido e foi hospitalizado, sob escolta. Alegou-se que estava com câncer. Uma ex-namorada de Curitiba de nome Solange foi quem recebeu um telefonema de Brasília comunicando o falecimento do Yves. O corpo teria sido cremado na capital federal.
‘A autoridade tem que esclarecer a sociedade. Por que foi preso? Qual a razão dessa prisão? Em que circunstâncias ele veio a falecer? Isso não foi divulgado. Os relatos do seu editor e amigo fraterno situam, sem deixar dúvidas, que as circunstâncias que envolvem a morte de Yves precisam ser melhor esclarecidas. Também manifesto solidariedade aos seus amigos e aos seus eventuais parentes que, porventura, estejam em Curitiba ou em qualquer parte desse País. O nosso mais profundo sentimento pelo falecimento de Yves’, disse Álvaro Dias”.
(*) Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
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