Por José Geraldo Pimentel Cap Ref EB
A próxima eleição presidencial será um evento de cartas marcadas. Os altos índices nas pesquisas eleitorais não são indicação do favoritismo da candidata Dilma Rousseff; ela, simplesmente, é o fantoche do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. Qualquer outro candidato indicado por ele, estaria com os mesmos índices de preferência do eleitorado. O presidente Lula conseguiu angariar simpatia, cooptando as massas menos favorecidas com o artifício do Bolsa Família, o seu programa de inclusão social. O pessoal ignorante, preguiçoso, não trocaria esse auxílio por emprego nenhum de carteira assinada.
- Carteira assinada não é sinal de garantia no emprego. Amanhã poderei estar desempregado. Antes o pouco garantido, do que o muito incerto!
Oitenta, cento e vinte reais, que sejam, muito inferior ao salário mínimo, na cabeça de um desassistido social, faminto, é muita coisa na sua vida; uma verdadeira ‘salvação da lavoura’! A maioria das carreiras de Estado são atendidas pelo governo; com exceção das Forças Armadas. Ganha menos o funcionário comum de carreira, mesmo trabalhando e executando as mesmas tarefas de um, por exemplo, funcionário com curso de economia. O Congresso Nacional aumenta na calada da noite os seus funcionários, o Supremo Tribunal Federal propõe aumento salarial para o corpo de seus assistentes com altos índices de reajustes. Com relação aos militares nega-se um aumento salarial justo, tirando-o da penúria em que se encontra a mais de duas décadas, sob a justificativa de que o militar, mesmo fazendo parte de uma carreira de Estado, pertence a uma instituição com grande número de elementos.
O Erário ficaria comprometido se atendesse ao pleito dos militares, arcando com uma despesa muito grande. E sai um reajuste irrisório, parcelado em suáveis prestações, que mal cobre os juros do cheque especial, e a renovação dos empréstimos bancários. A MEDIDA PROVISÓRIA 2215/2001 - LEI DE REMUNERAÇÃO DOS MILITARES vive atrofiada nas gavetas do Congresso desde 2001. Nenhum chefe militar se digna mover uma palha para tirar da indigência a tropa. Sabe por quê? Por se acharem disciplinados, esperando que a iniciativa parta do ministro da Defesa, o último que está interessado em socorrer os militares. Eu honestamente sou contra greve de militar, sindicato de militar, movimento capitanismo e outras idéias ‘salvadoras’ que poderiam atenuar o sofrimento dos militares. Mas estou começando a acreditar que só com um movimento que chame a atenção da nação, se poderia sair desta situação de abandono.
No início de sua carreira política o Capitão Jair Bolsonaro procurou chamar a atenção do país explodindo um artefato caseiro no banheiro dos oficiais da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, na Vila Militar. Neste momento seria chover no molhado. A ação serviria de chacota. Sugiro uma ação de impacto, com repercussão nacional. Que se planeje uma ação coordenada onde o primeiro a sentir os efeitos seja o ministro da Defesa. Uma bomba usada para estancar carro de combate, não um artefato caseiro, seria colocada atrás do vaso sanitário da toalete privativa do ministro. Uma micro câmara instalada no banheiro controlaria o momento da explosão. Quando sua Excelência baixasse as calças, tocaria uma sirene e uma voz cavernosa avisaria: “Bomba. Uma bomba explodirá neste recinto em dois minutos!” O puto do ministro abandonaria o recinto do jeito que veio ao mundo, com o bumbum de fora.
Aquela bunda azeda, branquicela de olhos azuis, seria vista atravessando os corredores do ministério, assombrando as donzelas que abundam a pasta da Defesa.
- Putz, grilo! O chefe como é feio pelado! Dirão as raparigas.
No mesmo dia outros artefatos seriam instalados discretamente em locais onde os três comandantes militares costumam sentar-se. Num único dia eliminamos a retaguarda do inimigo. Seguir-se-á a ação contra a presidenciável Dilma Rousseff. Com a madame bastaria cair um espelho à sua frente quando ela estivesse agachada na privada. Há coisa mais tenebrosa do que ver uma bruxa sentada, fazendo careta para desafogar o ganso! Para descrever a cena só se o estilista e deputado Clodovil Hernandes estivesse vivo! Em três tempos estes putos entrarão em pânico e não se sentarão e nem deitarão, ficando como uns zumbis vagando pelos gabinetes. O movimento só deverá cessar quando for pago um reajuste salarial nos mesmos moldes dos dados aos funcionários do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Bandido bom, é bandido descadeirado! Esta operação serviria, inclusive, para afinar a potranca do ministro, já que ele se queixa que as poltronas dos aviões comerciais não têm estruturas para acomodá-lo confortavelmente.
O favorecimento de um candidato indicado pelo presidente da república tem o apoio incondicional dos partidos políticos; pois preferem seguir as determinações do Planalto, a ter que partir para uma campanha presidencial, com chances duvidosas de vitória. É o que está fazendo o PMDB, embora tenha maioria nas duas casas do Congresso. Os partidos menores vão atrás, compondo a chapa majoritária. Depois é dar continuidade à partilha atual, onde todos os partidos governistas têm as suas pastas ministeriais, suas diretorias nas estatais, etc.
A oposição segue sem rumo, fazendo uma campanha morna, com medo de atingir o presidente da república, a quem consideram um homem inatingível, mesmo com todas as evidências de participações em todas as maracutaias que são diuturnamente divulgadas pela imprensa. É só o presidente Lula dizer que não sabia, e todos ‘acreditam’!
Diante da máfia que se instalou no país as pessoas se perguntam: ‘Por que as FFAA não se manifestam?’ Resposta: porque estão corrompidas, da maneira que estão o Congresso Nacional e a maior parte do Judiciário, aí incluído o STF que se transformou no braço direito da justiça do governo. Os chefes militares que fazem denúncias, alertando a nação e a própria instituição militar, perdem seus cargos e são colocados em indisponibilidade até irem para a reserva.
Os comandantes militares aderiram à safadeza que se instalou no pais. Enchem o peito dos seus antigos adversários, com honrarias e medalhas, ‘pelos serviços prestados às FFAA e ao país!’ A moral destes chefes militares é polida com as fezes retiradas das latrinas das casas de rendevouz onde se realizam os banquetes em homenagens aos ‘heróis nacionais’ que nos anos 64/85 lutaram contra as FFAA. Os militares da nova geração têm vergonha dos seus antepassados.
Preferem se incorporar aos padrões dos novos tempos, com convite para que o ‘incomum’ presidente do Senado, José Sarney, paraninfe a incorporação dos novos cadetes da AMAN.
Olham com simpatia a atitude do ministro da Marinha, oferecendo lautos jantares para o presidente da república em sua residência no lago Paranoá. Aplaudem a homenagem que foi prestada à primeira dama do país, senhora Marisa, que recebeu a medalha de Santos Dumont pelo simples fato de ter elogiado o ingresso de mulheres na carreira de pilotos da Aeronáutica. Acham natural o presidente da república chamar os oficias de ‘bando’, ou quando o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, o agente duplo e ex-terrorista Paulo Vannuchi, ameaçou chamar de covardes os chefes militares. Edificante quando o presidente da república chamou de heróis nacionais os comunistas guerrilheiros Carlos Marighella e Gregório Bezerra que ‘morreram lutando pela democracia’. E entendem a maneira como se deixam de comemorar eventos como a Intentona Comunista de 1935 e o Movimento Militar de 1964. Estes eventos são colocados no esquecimento, ‘priorizando’ a paz e a harmonia nacional. Os derrotados de 64 podem tudo, inclusive achincalhar as FFAA e chamar de torturadores os militares que lhes deram combate na guerrilha do Araguaia e nos embates urbanos.
O empresariado está amando a atuação do BNDES que financia a longo prazo, com juros pequenos para os grandes projetos apresentados, mesmo que representem obras de multinacionais realizadas no exterior. O empresário de pequeno porte, nacional, este é discriminado na hora da repartição das verbas governamentais. Meia dúzia de empreiteiras aparecem à frente de todos os empreendimentos realizados no país e fora, por obra e graça da bondade do presidente Lula com os governantes amigos, de paises como a Venezuela, Bolívia, Peru, Cuba, Iran, Argentina, Nicarágua, faixa de Gaza, e países da África governados por ditadores sanguinários. Para controlar a ação da ONU contra estes países, o Itamaraty sugere que sejam amenizadas as sanções contra os países que atentam contra os direitos humanos. Interessante que o presidente Lula não diferencia um tirano de esquerda de um de direita, desde que tenham tendências contrárias aos Estados Unidos da América. Com esta postura de falso estadista, o presidente aparece de mãos dadas com a ralé do terceiro mundo, sorridente, julgando-se o ‘cara’; isto é: o palhaço da corte internacional. E tem quem acredite que o presidente Lula é realmente um estadista. ‘E ninguém tira isso dele!’ Dizem alguns.
Essa corrente de lesa-pátria está ao lado do presidente Lula, e apóia qualquer indicação sua à presidência da república. Com Dilma Rousseff, ou outro candidato do governo, o statu quo vai se manter intacto, pelo menos com os mesmos personagens. E talvez com a decretação do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, como foi concebido, desagradando ou não os mais diversos seguimentos da sociedade.
Hasteia-se o pavilhão nacional emparelhado com a bandeira do Mercosul. Introduz-se uma estrofe de um samba do crioulo doido ao Hino Nacional, incorpora-se a estrela vermelha do Partido dos Trabalhadores ao Brasão de Armas do Brasil, e estará completo o festival. O resto é carimbar com o Selo Nacional o decreto que institui a nova forma de governo: A república do proletariado!
- Atenção, guarda. Sua Excelência a presidenta do Brasil, madame Dilma Rousseff. Grita orgulhoso um general de quatro estrelas.
José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2010.
Fonte: "Pequenas Histórias".
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
João Paulo II
PENSAMENTOS
"Se plantarmos para uma ano, devemos plantar cereais.
Se plantarmos para uma década, devemos plantar árvores.
Se plantarmos para toda a vida, devemos treinar e educar o homem.”
Kwantsu, III a.C.
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