quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DILMA, ESTUPRA E ASSASSINA O VERNÁCULO

Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS

“Dilma Rousseff foi bisonha, quase cômica às vezes, como numa espécie de apagão inicial, em que ela parecia estar à cata de anotações para dizer ‘boa-noite! ’. (...) Tanto é que se pôde ouvir Marta Suplicy, candidata do PT ao Senado, presente à platéia, sintetizar assim o desempenho de sua companheira de partido: ‘Tanta preparação para chegar nisso!?’" (Reinaldo Azevedo - Debate na TV Bandeirantes)

Jornal Nacional

Dilma Rousseff foi entrevistada ao vivo nesta segunda-feira, 9 de agosto, no Jornal Nacional, por William Bonner e Fátima Bernardes dando início a uma série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência da República. A entrevista abordou temas polêmicos e procurou mostrar aos telespectadores a experiência e as realizações da candidata no desempenho de funções públicas. Mais uma vez, Dilma exigiu dos expectadores muita atenção e reflexão para que pudessem acompanhar e entender seu “raciocínio e fluência verbal”.

Embaralhando a Eleição

No Jornal Nacional, Dilma, ainda conseguiu, com certa dificuldade, expor suas idéias e responder, parcialmente, as perguntas dos entrevistadores, o mesmo, porém, não ocorreu nesta quarta-feira, 11 de agosto. Dilma afirmou que a oposição está tentando “embaralhar” a eleição ao propor a abertura de uma investigação para apurar a denúncia de que a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) atuou como “fábrica de dossiês” contra adversários do PT.

Reinaldo Azevedo escreve um artigo fantástico em que analisa a fantástica “fluência verbal” da candidata do PT à Presidência da República.

Dilma solta o corcel destrambelhado

Por Reinaldo Azevedo

“Depois daquele breve momento no Jornal Nacional em que quase conseguiu conciliar sujeito e predicado, a petista Dilma Rousseff voltou a soltar o corcel destrambelhado, com aquela sua apreensão muito pessoal da língua portuguesa. Vamos ver.

‘Eu repudio essa tentativa de levantar esse tipo de problema em campanha eleitoral. Primeiro, porque tenta embaralhar as questões. Segundo, porque não vou me dispor de ficar levantando procedimentos indevidos em campanhas alheias no passado. E também porque falam vazou isso vazou aquilo’.

Não vou me dispor de ficar’ é qualquer coisa entre o javanês e o indo-europeu… Curioso o juízo da candidata. Como estamos em período eleitoral, as eventuais safadezas de adversários não podem, então, ser apontadas, donde decorre uma lógica tão particular quanto a sua gramática: as eleições são, então, períodos particularmente propícios aos salafrários. Coisa de gênio! Ou alguém vai dizer que estou pegando no pé desta Schopenhauer da ética política?

‘Se fosse verdade que essa campanha tivesse feito qualquer coisa inadequada, todas as vezes que entramos na Justiça e pedimos esclarecimento, os esclarecimentos e as provas tinham acontecido’.

Que ‘todas as vezes’ são essas? Ademais, os processos têm o tempo adequado da apresentação das provas. Vamos lá. Luiz Lanzetta caiu, ao menos oficialmente, por quê? O sigilo fiscal de Eduardo Jorge estava ou não com petistas? Um dos antigos membros do bunker da Previ confessou ou não confessou a feitura de dossiês? Os ditos aloprados foram ou não pegos com a boca na botija?

‘Na campanha do presidente Lula em 2002, a gente viu certo tipo de tentativa de mostrar para a população que nós éramos aqueles que colocariam medo na população. Uma atriz famosa foi à televisão, que eu até considero uma ótima atriz, foi a público dizer que tinha medo do governo Lula. Naquela época, a esperança venceu o medo. Depois, inclusive, o presidente Obama (dos Estados Unidos), quando candidato, copiou essa frase, usou essa frase como mote da sua campanha’.

A história do Obama é a fase do surto - nesse particular, Dilma, se eleita, dará continuidade ao governo Lula… Eu sabia que Lula um dia se apropriaria da eleição do Obama como mais uma obra sua. Cheguei a escrever isso movido pela galhofa. Você jamais conseguirá tirar um sarro de petista. Toda a piada que a gente fizer sobre eles vira uma premonição…

Quanto a Regina Duarte, dizer o quê? Expressou o ‘medo’ que muitos tinham daquilo que o PT efetivamente falava, não daquilo que se atribuía arbitrariamente ao partido. De resto, medo justificado, sim, mesmo em face desse PT mais domesticado. Na reta final do governo Lula, depois de quase oito anos, não existem mais sigilos fiscal, bancário e telefônico no país; os fundos de pensão se converteram em bunkers do PT; a contaminação partidária já chegou ao Judiciário; são reiteradas as tentativas de censurar a imprensa, e o TCU foi alijado do acompanhamento de boa parte dos gastos feitos pelo governo federal e por estatais. Tudo obra inequívoca do PT. Se Regina Duarte tinha, entre outros medos, esses medos, então estava sendo prudente.

‘Deve ser muito criterioso que não se acuse sem provas porque no final da campanha tem gente que vai passar para a história das campanhas eleitorais como ter feito calúnia e difamado desnecessariamente pessoas e campanhas que não tinham provas’.

Jesus Cristo! É a sintaxe na sua fase de miséria. O que impede a candidata do PT de conciliar sujeito, verbo e complemento como fazem os pipoqueiros, os feirantes, os engraxates e QUASE todos os jornalistas? A impressão que tenho é que um pensamento tumultuado não consegue produzir uma expressão que concilie os termos essenciais de uma oração. Esse último trecho rende um tratado de linguística e neurologia.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br

Imagens da Internet (PVeiga)

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