Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS
“Em certa ocasião, um general norte-americano me pediu que comparasse o Exército brasileiro ao de seu país. Respondi-lhe que o meu Exército era nacional, comprometido com a manutenção da paz ao longo de um arco de fronteira com dez nações, articulado nos três níveis da administração do país e a última barreira na manutenção da lei e da ordem”.
(Sérgio Paulo Muniz Costa)
Daniel Aarão Reis Filho
Quem consultar o “Curriculum Lattes” do Daniel observará que o autor omitiu, intencionalmente, sua militância política passada. Mas quem será, na realidade, este homem que tem a pretensão de tentar macular a instituição considerada mais confiável do Brasil? Parece que Daniel ou seria “Plínio”, “Djalma”, “Luciano” ou “Sandro” esqueceu de informar no seu “Curriculum” alguns dados importantes que nos permitiriam entender o conteúdo ridículo de seu artigo “As Forças Armadas e os Nossos Narizes”.
- Militante da AP, DI/GB, MR-8;
- Ex-Dirigente da AP, foi Presidente da UNE;
- Em 1969, integrante do Grupo de Ação da DI/GB;
- Em 15 de fevereiro de 1969, participou do assalto ao Hospital Central da Aeronáutica;
- Em abril de 1969, participou da III Conferência do MR-8, eleito para a Direção Geral;
- Em janeiro de 1970, integrante da Direção Geral (DG) do MR-8 e assistente da Frente Operária (FO);
- Em 16 de fevereiro de 1970, à noite, foi estourado o “aparelho” da Rua Montevidéu, 391/201, Penha/GB, onde foi baleado o policial Daniel Balbino de Menezes. Fugiram os militantes: Aarão Reis, José Roberto Spiegner, Cid de Queiroz Benjamin, Vera Sílvia Araujo Magalhães, Carlos Augusto da Silva Zílio e mais um não identificado;
- Em 15 de junho de 1970, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha, em seguida foi para o Chile;
- Em novembro de 1972, no Chile, participou da Assembléia da cisão do MR-8, permanecendo com o Grupo Militarista (MR-8) CP, Construção Partidária, que veio a dissolver-se em 1973;
- Em declaração ao jornalista Elio Gaspari, Daniel afirmou:
“Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática”.
As Forças Armadas e os Nossos Narizes
Por Daniel Aarão Reis Filho
“(...) servem exatamente para quê as Forças Armadas? Da maneira como a memória nacional é ali cultivada, desde os Colégios Militares aos sofisticados Cursos de Estado-Maior. Dos processos de formação de seus quadros. Dos procedimentos com que zelam pelos arquivos da nação sob sua guarda e do silêncio com que protegem a tortura praticada nos tempos da ditadura. Do modo como ainda não se reconhecem como simples funcionários públicos, uniformizados e armados pela sociedade que, com os impostos, remunera seu trabalho. (...)
De sorte que as Forças Armadas, embora visíveis, movem-se com procedimentos próprios, ignorados e não controlados. Contudo, suas marcas na história permanecem como ferro em brasa no couro dos bois.
Mas, quem as vê, embora tão perto dos nossos narizes? (...)”.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
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