“O Exército fica de ‘farda justa’ para abrir o inquérito sobre a ação de movimentos separatistas e operação ilegal da milícia indígena autointitulada ‘Polícia Indígena do Alto Solimões (Piasol)’, na reserva Raposa do Sol”. (Jorge Serrão)
Recentemente Jorge Serrão divulgou o artigo intitulado “Farda Justa: Exército é acionado para abrir IPM e apurar separatismo e milícia indígena na Reserva Raposa do Sol”. Embora tenha abordado oportunamente um tema que vem sendo ignorado pela grande mídia, Serrão cometeu um pequeno deslize ao incluir a milícia do “Piasol” no estado de Roraima. Apenas com o intuito de esclarecer o equívoco e sem querer desmerecer o colunista vamos reportar um e-mail recebido do General Monteiro - Secretário de Segurança Pública de Roraima.
Prezados amigos e mentores
Gen Eliéser Girão Monteiro Filho - Secretário de Segurança Pública de Roraima
Pelo menos ainda não temos reconhecida uma situação dessas na TIRSS. Mas, deve faltar pouco, em função da proibição da presença das polícias estaduais nas ditas Terras Indígenas. Os Poderes têm legislado sobre a presença das FFAA e da PF e se esquecem de incluir as PM e Polícias Civis dos Estados. Sobre isso os Sec Seg Pub estão enviando uma proposta de alteração do Dec Presidencial 4412, de Out de 2003, que trata do tema. Lamentei desde o ano da edição desse decreto que o mesmo tivesse sido feito, e pior que tivesse provocado a exclusão das polícias dos estados.
Bem, espero que as correções sejam feitas logo. Quanto aos novos acontecimentos temos ainda que lamentar o total descaso da ONG CIR com as normas da vigilância sanitária estadual. A Agência de Defesa Agropecuária de RR esta tendo sérios problemas para manter o controle das vacinações no plantel de animais dentro da reserva indígena. Pelos dados que eles afirmam, existem mais de 15.000 cabeças de gado, fora os suínos e caprinos.
Se esses donos do mundo não se enquadrarem nas normas poderão ser os causadores de uma desgraça para a região Norte do Brasil e talvez até para os países vizinhos, com a mínima possibilidade do surgimento de um foco de doença no gado, como a vaca louca ou febre aftosa. Pensem na calamidade pública em função do descaso com a obediência às leis. Bem, se depender de maus exemplos não apenas os índios, mas até os não índios têm exemplos que vêm de cima estimulando a desobediência. Não é mesmo? Lutar sempre, esse é o meu lema. E acreditar que o país é forte e pode mais, muito mais.
TFA:.”
Desafiando o Rio-Mar, Descendo o Solimões
No meu livro, a ser lançado em outubro, pela Editora da PUCRS, tive a oportunidade, em Tabatinga, de tomar conhecimento do problema e escrevi o seguinte comentário.
Delegacia Tikuna Umariaçu II
Desde dezembro de
A delegacia possui quatro celas de um 1,5m², construídas no lugar onde funcionava o balcão do comércio. O detido fica no máximo 24 horas preso. Se for reincidente, no entanto, a punição passa para 48 horas ou até mesmo uma semana. Em algumas situações, consultada a família, o preso pode ficar mais tempo detido. No caso de crimes mais graves, o Cacique é consultado e, se for o caso, o criminoso será encaminhado para o presídio
Desde que a delegacia foi implantada, há quatro meses, houve uma queda em 80% dos crimes por envolvimento em brigas e agressões a facadas, na maioria resultado do consumo de bebidas alcoólicas e drogas. Nesse período, já foram presos e posteriormente liberados 40 Tikunas.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
Imagens da Internet-montagens (PVeiga).
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