Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS
“Lula, visto inicialmente como o príncipe augural, recebeu o beijo da prepotência e voltou a ser o sapo retrô, que vai deixando, mundo afora, um rastro asqueroso de justificação do mal”. (Reinaldo Azevedo)
Sakineh Mohammadi Ashtiani
Mohammad Mostafaei
Capacho
Por Reinaldo Azevedo
Mais uma vez Reinaldo Azevedo faz uma crítica oportuna e contundente ao posicionamento obsceno e alienado daquele que se auto-intitula porta voz dos latino-americanos. A postura caótica de nossos diplomatas é apenas um reflexo de demência de seu comandante-em-chefe.
“O título parece nome de filme iraniano? Não deixa de ser. No caso, um filme de terror que se realiza lá e uma tragicomédia que se vive aqui. No Irã, a protagonista é Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério e condenada a morte por apedrejamento - já recebeu 99 chibatadas. No Brasil, o ator principal é Luiz Inácio Lula da Silva, capacho de ditaduras em que trogloditas de todo o mundo tentam limpar suas patas sujas de sangue em nome da autodeterminação dos povos. Há um movimento mundial em favor da libertação de Sakineh. Ao clamor mundial, Lula responde ora com estupidez, ora com chacota falsamente caridosa, que mal disfarça o endosso à tirania iraniana e, acreditem! O apedrejamento simbólico da vítima. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por quase 80% dos brasileiros? Estou me lixando pra isso. Revela-se, a cada dia, um monstro moral. Quando e se ele bater nos 100%, vocês me avisem: pretendo ser o traço estatístico a lhe dizer: ‘NÃO!!!’
Mesmo quando parece aquiescer com as noções básicas de justiça, Lula chafurda no pântano da justificação do mal, da impostura, da vilania ética e da ilegalidade. Este senhor, com efeito, é uma personagem inaugural: nunca antes na história deste país a estupidez foi tão bonachona, a burrice tão aclamada, a prepotência tão ‘autêntica’. Lula é a expressão do bom selvagem de Rousseau - uma formulação já originalmente cretina de um cretino ‘castelão e vagabundo’ (by Fernando Pessoa) - filtrado pelo sindicalismo oportunista e pelo stalinismo do petismo casca-grossa.
Notem que a vítima aparece como aquela que ‘está causando incômodo’. Mahmoud Ahmadinejad, que manda enforcar opositores em praça pública, pendurados em guindastes, merece a ‘amizade’ e o ‘carinho’ de Lula. Mas, isso ainda é pouco.
O presidente brasileiro não está se oferecendo para receber a iraniana condenada ao apedrejamento em nome da civilidade, dos direitos humanos ou mesmo da caridade. Ele se propõe a resolver um ‘incômodo’ de seu amigo Ahmadinejad. Entende-se que a oferta busca honrar aquela ‘amizade’ e aquele ‘carinho’. Não é que ele ache a pena, em si mesma, brutal ou injusta. Lula, em suma, justifica o mal.
A impiedade de sua oferta - e nisso está sua impostura - se revela na sequência de sua fala, quando confessa, em seu português exótico, cujo sentido se presume, ter traído Marisa Letícia:- ‘Fico imaginando se um dia tivesse um país do mundo que se o homem trair fosse apedrejado. Eu queria saber quem é que ia gritar: ‘Atire a primeira pedra iá iá aquele que não traiu’’.
Ele cantarolou. Os presentes riram. Lula é a face risonha da morte. Lula é a versão galhofeira das tiranias. Lula é o ‘clown’ da violência institucional. No fim das contas, oferece o Brasil como abrigo, inferindo que esta é uma boa terra para adúlteros, não para vítimas de ditaduras. Bem, os boxeadores cubanos que o digam. Lula os jogou no colo de Fidel Castro. Tudo compatível com o pensador que comparou os protestos contra a fraude eleitoral no Irã a torcedores descontentes porque seu time perdeu o jogo. Lula atinge o grotesco quando cantarola ‘atire a primeira pedra’ referindo-se justamente a uma mulher condenada ao apedrejamento. Eis o vilão ético.
E, por espantoso que pareça, Lula também transgrediu abertamente a lei ao fazer, num palanque eleitoral, uma oferta que diz respeito ao que seria um ato de governo. Sua propensão à ilegalidade é incurável.
Mãos sujas
Lula visto inicialmente como o príncipe augural, recebeu o beijo da prepotência e voltou a ser o sapo retrô, que vai deixando, mundo afora, um rastro asqueroso de justificação do mal. Ao contrário do que reza a propaganda oficial e até de certo senso comum, Lula manchou a reputação do Brasil num valor cada vez mais caro na relação entre os países: os direitos humanos. Confessando-se um adúltero - e supondo que todos o são -, este senhor ofereceu-se para receber uma ‘adúltera’, não uma vítima de um regime asqueroso. E assim procede porque, afinal de contas, suas relações com o tirano são de ‘amizade’ e ‘carinho’.
É o mais baixo a que ele chegou até agora. Mas, eu jamais corro o risco de subestimá-lo. Seu mandato não acabou. E, nesse particular, Lula pode mais”.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
Imagens da Internet (PVeiga).
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