Foto: Associated Press
Participaram do debate, mediado pelo jornalista Ricardo Boechat , os candidatos José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Dilma Rousseff (PT) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL)
Toinho de Passira
Fontes: Jornal do Brasil, O Globo, Blog do José Roberto de Toledo e "the passira News".
No debate de quarta feira, promovido pela Rede Bandeirantes, entre os candidatos a presidência da republica, como era de se esperar a atenção se concentrou nos dois mais bem cotados nas pesquisas, o candidato José Serra e Dilma Mamulengo, a candidata manipulada pelo bonequeiro Lula de Caetés.
O ex-governador de São Paulo, foi acochando a ministra devagarzinho e sempre, com jeitinho e sem dar folga. Pegou a condenada como quem tira passarinho do alçapão. Sem apertar muito para não matar, sem afrouxar para não deixar fugir. Ela sentiu a pressão.
Foi prolixa, disse frases intermináveis, palavreou difícil e vazio: “política estruturante”, “flexibilizar”, “bioma”, “oligopolizados”. Abusou das siglas, do jargão e de cifras. Não concluiu a maior parte dos “raciocínios” que havia decorado. Olhou para Serra em vez de olhar para o telespectador. Quando o fez, olhou para a câmera errada. Estourou o tempo em quase todas as respostas.
José Serra criticou os juros altos, a carga tributária e o aparelhamento do Estado. Também garantiu que vai "estatizar" as empresas que já são do governo no sentido de retirar as nomeações políticas que ele acusa o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de praticar. Citou diretamente os Correios.
Dilma estreou o primeiro debate de sua vida política tentando vincular José Serra com o governo Fernando Henrique Cardoso, de quem foi ministro, ao comparar números do emprego.
Serra disse não fazer "política com retrovisor", que preferia falar de futuro.
"Acho muito confortável que a gente esqueça o passado. Não é prudente", revidou a ex-ministra, querendo puxar o debate para esse terreno, mas não conseguiu.
Foto: Reuters
José Serra claro e competente, teve que poupar a adversária para o debate não se transformasse num massacre
Serra criticou o apagão em áreas da infraestrutura, pondo à luz do dia a falta de investimento do governo federal em portos, rodovias e aeroportos. Fez isso citando exemplos pontuais de dificuldades em municípios e Estados do país, de modo a se aproximar do eleitor desses locais.
"Hoje andar em estradas federais é um perigo público", enfatizou José Serra.
Serra insistiu em questionar Dilma sobre a realização pelo governo dos mutirões de cirurgias que implantou quando foi ministro da área.
Ele criticou o fato de o atual governo ter parado com o programa de mutirões preventivos e de cirurgias, entre elas as de catarata, as de próstata e de varizes.
"O governo (Lula) parou com os mutirões. Isso é uma crueldade", afirmou o tucano.
Dilma respondeu não ser contra esses mutirões, mas afirmou que eles não podiam ser características de um programa mais amplo sobre a saúde. "Considero que temos diferenças de encarar sobre o que precisa ser feito na saúde", afirmou esquecendo-se de olhar para a câmera.
O tucano cercou mais Dilma. Questionou a petista sobre programas para portadores de deficiência e a deixou na defensiva.
"O Ministério da Educação quis proibir a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de ensinar. Mais ainda, cortou a ajuda em transporte para que as crianças possam ir à escola."
"Foi o seu governo... Não sei como você, como ministra muito forte, deixou que isso acontecesse."- disse Serra deixando-a definitivamente entupigaitada. Foi lindo!
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